De olho nas chuvas no Brasil e redução na oferta colombiana, café avança mais de 2% em NY

Publicado em 11/04/2022 16:53
Londres e mercado físico acompanham alta em dia de preocupação com oferta global de café

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A semana começou com valorização expressiva para os principais contratos para o mercado futuro do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Estendendo os ganhos da semana passada, os contratos avançaram 2,16%, o equivalente a mais de 400 pontos no exterior. 

Maio/22 teve alta de 495 pontos, valendo 236,60 cents/lbp, julho/22 registrou valorização de 500 pontos, cotado por 236,55 cents/lbp, setembro/22 avançou 495 pontos, cotado por 236 cents/lbp e dezembro/22 teve alta de 520 pontos, negociado por 234,45 cents/lbp. 

De acordo com análise do site internacional Barchart, o café voltou a ter suporte nas condições do tempo no Brasil. "A seca excessiva no Brasil provocou algumas compras de fundo de café arábica na segunda-feira, depois que a Somar Meteorologia informou que as chuvas na área de Minas Gerais, que responde por cerca de 30% da safra de arábica do Brasil, foram de 15,5 mm na semana passada, ou apenas 77% da média histórica", destaca a análise. 

No Brasil, analistas mantêm o cenário de preços firmes até, pelo menos, o início da colheita nas principais áreas de produção. As chuvas do início do ano são benéficas, trouxeram alívio para o produtor, mas não alteram o cenário de quebra frustrada em 2022. Para 2023, no entanto, o cenário é mais positivo. Além do Brasil enfrentam problemas na produção outras origens produtoras, como por exemplo, a Colômbia, segundo maior produtor de café arábica do mundo. 

O café tipo conilon encerrou esta segunda-feira (11) com 1% de alta na Bolsa de Londres. Maio/22 teve alta de US$ 17 por tonelada, valendo US$ 2108,  julho/22 registrou valorização de US$ 21 por tonelada, negociado por US$ 2117, setembro/22 teve alta de US$ 21 por tonelada, cotado por US$ 2115 e novembro/22 registrou alta de US$ 21 por tonelada, negociado por US$ 2111. 

No Brasil, o mercado físico acompanhou e teve um dia de valorização nas principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 1,55% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.310,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 1,57%, cotado por R$ 1.290,00, Varginha/MG registrou alta de 0,76%, negociado por R$ 1.320,00, Campos Gerais/MG avançou 1,54%, valendo R$ 1.315,00 e Franca/SP teve alta de 3,94%, negociado por R$ 1.320,00. 

O tipo cereja descascado teve alta de 1,47% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.380,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 2,19%, valendo R$ 1.400,00, Varginha/MG registrou alta de 0,74%, cotado por R$ 1.370,00 e Campos Gerais/MG teve alta de 1,48%, valendo R$ 1.375,00. 

 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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