Café tem dia de tranquilidade, com fundamentos sólidos, mas mantendo foco em fatores como clima, guerra e desenvolvimento no BR

Publicado em 29/03/2022 17:50
Londres e mercado físico mantêm estabilidade

O mercado futuro do café arábica encerrou as cotações desta terça-feira (29) apenas com ajustes para os preços na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Após recuo forte no início da semana e sem novidades para os fundamentos ou nos fatores externos, as cotações encerraram o dia com alta de 110 pontos no exterior. 

Maio/22 teve alta de 115 pontos, negociado por 215,70 cents/lbp, julho/22 teve valorização de 110 pontos, cotado por 215,80 cents/lbp, setembro/22 teve alta de 110 pontos, valendo 215,30 cents/lbp e dezembro/22 teve valorização de 105 pontos, negociado por 213,80 cents/lbp. 

>>> Depois de seca e geada, chuva de granizo castiga parte do parque cafeeiro em Nova Resende

De acordo com análise do site internacional Barchart os preços do café tiveram um dia de suporte com a queda do dólar ante ao real. "Um real mais forte desencoraja a exportação dos produtores de café do Brasil. O conilon na terça-feira foi sobrecarregado com a transferência de segunda-feira, quando o Escritório Geral de Estatísticas do Vietnã informou que as exportações de café de janeiro a março do Vietnã aumentaram +19,4%", destaca a análise internacional. 

Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon encerrou com estabilidade nas principais referências. Maio/22 teve queda de US$ 15 por tonelada, valendo US$ 2125, julho/22 registrou baixa de US$ 9 por tonelada, cotado por US$ 2115, setembro/22 registrou desvalorização de US$ 6 por tonelada, valendo US$ 2103 e novembro/22 registrou queda de US$ 5 por tonelada, negociado por US$ 2094. 

No Brasil, sem novidades nos fundamentos do café e acompanhamento a reta final de desenvolvimento das lavouras, analistas afirmam que o cenário continua sendo de preços firmes para o café, pelo menos, até o início da colheita. 

O café tem suporte na quebra de safra do Brasil e os problemas climáticos que também afetam outras origens produtoras, como por exemplo Colômbia e Honduras. Por outro lado, o setor financeiro e os fatores externos podem continuar influenciando nos preços. Em relação à guerra, a preocupação é com o consumo da bebida no Leste Europeu, já que Rússia e Ucrânia consomem aproximadamente seis milhões de sacas por ano. 

No Brasil, o mercado físico teve um dia de estabilidade nas principais praças de comercialização do país.

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 3,20% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 1.290,00, Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 1.210,00, Patrocínio/MG manteve por R$ 1.230,00, Araguarí/MG manteve por R$ 1.200,00, Campos Gerais/MG manteve por R$ 1.222,00 e Franca/SP manteve por R$ 1.230,00. 

O tipo cereja descascado teve alta de 2,99% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 1.380,00. Guaxupé/MG manteve por R$ 1.280,00, Patrocínio/MG manteve por R$ 1.290,00, Varginha/MG manteve por R$ 1.280,00 e Campos Gerais/MG por R$ 1.282,00. 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Preços do café seguem voláteis em meio a especulações sobre o tamanho da safra 2025/26
Café: preço do arábica avança no início da tarde desta 3ª feira (14) diante estimativa de queda de 11% na produção de 2025
IBGE estima queda de 6,8% na safra de café 2025 do Brasil
Preços do café seguem em lados opostos nas bolsas internacionais no início desta 3ª feira (14)
Mercado do café termina sessão desta 2ª feira (13) com movimentações mistas nas bolsas internacionais
Primeiros dias úteis de 2025 registram aumento de mais de 80% na média diária do faturamento de exportação do café torrado
undefined