Café tem dia de pressão com números do Rabobank, dólar e estoques certificados

Publicado em 28/03/2022 17:42
Arábica encerrou com mais de 3% em Nova York

O mercado futuro do café arábica encerrou as negociações deste início de semana com forte recuo para os preços na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Depois de uma semana mais tranquila, as cotações encerraram o dia com desvalorização de 3,29% no exterior, o equivalente a mais de 700 pontos na Bolsa. 

Maio/22 teve queda de 730 pontos, negociado por 214,55 cents/lbp, julho/22 registrou baixa de 710 pontos, cotado por 214,70 cents/lbp, setembro/22 teve queda de 685 pontos, valendo 214,20 cents/lbp e dezembro/22 teve baixa de 640 pontos, valendo 212,75 cents/lbp. 

De acordo com análise do site internacional Barchart, o mercado futuro do café arábica recuou após a divulgação de estimativa de safra do Rabobank. "Os preços do café continuaram pressionados depois que o Rabobank projetou na sexta-feira passada que a safra de café arábica do Brasil em 2022/23 aumentaria para 41,1 milhões de sacas", destacou a publicação. 

Além disso, os preços do café também sofreram pressão de queda de uma recuperação nos estoques de café depois que os estoques de café arábica monitorados pela ICE na sexta-feira passada subiram para uma alta de 1 mês e meio, e os estoques de robusta da ICE na sexta-feira passada subiram para uma alta de 2 meses e meio. 

Também dando suporte de queda ao café, odólar fechou em alta frente ao real nesta segunda-feira, embora distante das máximas da sessão, interrompendo uma longa sequência de baixas com amparo da força da moeda norte-americana no exterior, em dia marcado por receios sobre os próximos passos de política monetária do Federal Reserve, a guerra na Ucrânia e a disseminação da Covid-19 na China.

Haroldo Bonfá, analista de mercado da Pharos Consultoria, acrescenta ainda que mercado já se antecipa e aguarda o relatório das exportações do mês de março, que podem vir com volumes significativos, apesar da entressafra no Brasil. 

No Brasil, o mercado físico encerrou com desvalorização para os principais contratos nas principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 2,42% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.210,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 1,57%, cotado por R$ 1.250,00, Patrocínio/MG teve queda de 2,77%, valendo R$ 1.230,00, Araguarí/MG teve baixa de 2,44%, valendo R$ 1.200,00. Varginha/MG registrou queda de 3,94%, cotado por R$ 1.220,00 e Franca/SP teve queda de 3,15%, cotado por 1.230,00. 

O tipo cereja descascado teve queda de 2,29% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.280,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 1,47%, valendo R$ 1.340,00, Patrocínio/MG teve desvalorização de 2,64%, negociado por R$ 1.290,00, Varginha/MG teve baixa de 3,76%, cotado por R$ 1.280,00 e Campos Gerais/MG encerrou negociado por 2,29%, valendo R$ 1.282,00.

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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