Com preocupação com consumo na Europa, café recua mais de 800 pontos e vai abaixo de 2,40 cents/lbp
O mercado do café arábica intensificou as baixas e recua mais de 3% no pregão desta quinta-feira (24) na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Os ataques entre Rússia e Ucrânia pesam para os preços do café, a medida com que a incerteza em relação ao consumo da bebida aumenta.
Por volta das 14h03 (horário de Brasília), maio/22 tinha queda de 880 pontos, valendo 238,75 cents/lbp, julho/22 tinha queda de 850 pontos, negociado por 237,90 cents/lbp, setembro/22 tinha baixa de 815 pontos, valendo 236,80 cents/lbp e dezembro/22 tinha queda de 775 pontos, cotado por 234,45 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também recua forte nesta tarde. Maio/22 tinha queda de US$ 45 por tonelada, valendo US$ 2189, julho/22 tinha baixa de US$ 39 por tonelada, cotado por US$ 2174, setembro/22 tinha baixa de US$ 38 por tonelada, valendo US$ 2166 e novembro/22 registrava baixa de US$ 32 por tonelada, valendo US$ 2169.
Segundo Haroldo Bonfá, analista de mercado da Pharos Consultoria, entre os fatores que pesam sobre o mercado financeiro nesta manhã, para o café o consumo na região é a maior preocupação. "Com certeza deve ter uma diminuição de consumo imediato, uma vez que as pessoas devem se concentrar em consumo de material essencial neste cenário de guerra. Nas condições econômicas que podemos ter, isso vai acontecer", comenta.
Quando se fala na relação comercial entre Rússia e Brasil, é importante se lembrar que a Rússia é o segundo maior importador de café solúvel do Brasil e também tem expressiva participação nas compras de café verde. De acordo com os dados mais atualizados da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (ABICS), em janeiro a Rússia comprou 33.449 de sacas de café solúvel, 10,6% do volume embarcado, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.