Café finaliza último pregão de janeiro com ajustes técnicos nas bolsas de Nova York e Londres

Publicado em 31/01/2022 17:36
Chuva no Brasil pesou nas cotações, mas queda do dólar limitou baixas

O mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta segunda-feira (31) com quedas técnicas para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). 

Março/22 teve queda de 80 pontos, negociado por 235,10 cents/lbp, maio/22 teve baixa de 95 pontos, negociado por 235,50 cents/lbp, julho/22 teve queda de 100 pontos, cotado por 234,60 cents/lbp e setembro/22 tinha baixa de 90 pontos, valendo 233,60 cents/lbp. 

Na Bolsa de Londres,  o café tipo conilon também teve um dia de baixas. Março/22 recuou US$ 18 por tonelada, valendo US$ 2175, maio/22 teve queda de US$ 12 por tonelada, cotado por US$ 2172, julho/22 registrou baixa de US$ 12 por tonelada, negociado por US$ 2161 e setembro/22 teve queda de US$ 10 por tonelada, valendo US$ 2160. 

"Chuvas benéficas no Brasil estão reduzindo os preços do café arábica, enquanto o aumento das exportações de café do Vietnã pesa sobre os preços do café conilon", destacou a análise do site internacional Barchart. 

Ainda de acordo com a publicação, a queda no preço foi limitada pela desvalorização do dólar ante ao real. A moeda encerrou o dia com queda de 1,56% e negociado por R$ 5,31 na venda. 

"O dólar terminou janeiro no ritmo que embalou boa parte do mês, mostrando forte queda, para uma mínima em mais de quatro meses, e quebrando importante suporte técnico, num dia amplamente favorável a moedas e outros ativos de risco ao fim de um turbulento janeiro nas praças financeiras globais", destacou a análise da agência de notícias Reuters. 

No Brasil, o retorno da chuva é visto como positivo para a safra de café, mas com alívio e boa recuperação da planta para 2023. No caso da safra 2022, a safra vai se consolidando com quebra de até 40% na produtividade, reflexo da severa estiagem e geada, o que deve manter os preços nos patamares atuais até pelo menos o início do colheita. A volatidade, no entanto, pelos fatores externos como dólar e Covid-19, deve ser mantida. 


No Brasil, o mercado interno acompanhou e encerrou o dia com desvalorização nas principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 1,03% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.445,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 1,35%, valendo R$ 1.460,00, Araguarí/MG teve baixa de 1,36%, valendo R$ 1.450,00, Varginha/MG registrou desvalorização de 1,33%, negociado por R$ 1.480,00 e Franca/SP teve baixa de 0,67%, valendo R$ 1.480,00. 

O tipo cereja descascado teve queda de 0,97% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.535,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 1,28%, negociado por R$ 1.540,00, Varginha/MG teve recuo de 1,27%, negociado por R$ 1.560,00 e Campos Gerais/MG teve queda de 0,98%, negociado por R$ 1.519,00. 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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