Após semana intensa, café arábica encerra com valorização em NY, Londres e BR nesta 6ª feira
Depois de uma semana intensa, marcada por sessões de quedas significativas, o mercado futuro do café arábica encerrou a sessão desta sexta-feira (28) com valorização de 1,66% para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Março/22 teve alta de 385 pontos, negociado por 235,90 cents/lbp, maio/22 registrou valorização de 380 pontos, cotado por 236,45 cents/lbp, julho/22 teve alta de 365 pontos, negociado por 235,60 cents/lbp e setembro/22 teve alta de 355 pontos, valendo 234,50 cents/lbp. Com a recuperação desta sexta-feira, o arábica o acumulado semanal encerra com 0,02% de alta no contrato referência.
Segundo análise do site internacional Barchart, os preços voltaram a subir após nova redução dos estoques certificados nos Estados Unidos. "O Rabobank disse que os estoques de cafés monitorados pela ICE cairiam abaixo de 1 milhão de sacas nos próximos meses em maio a altos custos de frete. O Rabobank também reduziu sua estimativa de produção de café na Colômbia para 12,8 milhões de sacas, ante uma previsão anterior de 14 milhões de sacas", destacou a análise.
No Brasil, analistas continuam projetando cenário de preços firmes para o café até pelo menos o início da colheita. Do lado da produção, a Fundação Procafé destacou em entrevista ao Notícias Agrícolas que as chuvas das últimas semanas trouxeram alívio, que a safra 22 vai se consolidando com redução de até 40% na produtividade, mas sem novos problemas climáticos, as condições são positivas para a recuperação da planta para a produção de 2023.
A partir de agora é importante que o cafeicultor continue com os tratos culturais, já focando na produção do ano que vem. "O que o produtor tem que fazer, é fazer todos os tratamentos possíveis. Nunca exagero, exagero não leva produtor ao sucesso, mas tudo que for recomendável pelas boas práticas o produtor tem que fazer muito bem feito, para garantir uma boa safra para 2023 e o futuro de 2024", afirma Alysson Fagundes.
Em Londres, o dia foi marcado por ajustes técnicas para o conilon. Março/22 teve alta de US$ 2 por tonelada, valendo US$ 2193, maio/22 teve alta de US$ 10 por tonelada, negociado por US$ 2184, julho/22 teve alta de US$ 9 por tonelada, cotado por US$ 2173 e setembro/22 registrou avanço de US$ 9 por tonelada, valendo US$ 2170. No acumulado semanal o contrato referência recuou 0,18% em Londres.
No mercado interno, o Brasil acompanhou o exterior e encerrou com valorização nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 0,69% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.460,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 0,68%, negociado por R$ 1.480,00, Araguarí/MG teve alta de 1,38%, valendo R$ 1.470,00, Varginha/MG registrou valorização de 0,67%, valendo R$ 1.500,00, Campos Gerais/MG teve alta de 0,68%, valendo R$ 1.474,00 e Franca/SP manteve a estabilidade por R$ 1.490,00.
O tipo cereja descascado teve alta de 0,65% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.550,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 0,65%, valendo R$ 1.560,00, Varginha/MG teve alta de 0,64%, cotado por R$ 1.580,00 e Campos Gerais/MG teve alta de 0,66%, valendo R$ 1.534,00.