Café tem mais um dia com pressão do financeiro e recua 2,87% em Nova York

Publicado em 27/01/2022 17:15
Volatilidade já era esperado pelo setor para 2022, já que os preços subiram muito no ano passado

O mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta quinta-feira (27) com forte recuo para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US), com baixa de 2,87%  no vencimento para março/22. 

Março/22 teve queda de 685 pontos, negociado por 232,05 cents/lbp, maio/22 teve baixa de 660 pontos, cotado por 232,65 cents/lbp, julho/22 registrou queda de 650 pontos, valendo 231,95 cents/lbp e setembro/22 registrou baixa de 650 pontos, valendo 230,95 cents/lbp. 

Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também encerrou com desvalorização para os principais contratos. Março/22 teve queda de US$ 27 por tonelada, valendo US$ 2191,  maio/22 teve queda de US$ 17 por tonelada, cotado por US$ 2174, julho/22 teve baixa de US$ 17 por tonelada, valendo US$ 2164 e setembro/22 também teve queda de US$ 17 por tonelada, valendo US$ 2161. 

"Os preços do café recuaram na quinta-feira depois que o índice do dólar subiu para uma alta de 1 ano e meio, o que prejudicou a maioria das commodities precificadas em dólares, incluindo o café", destacou a análise do site internacional Barchart. 

Para o analista de mercado Eduardo Carvalhaes, o mercado segue apresentando a movimentação que já era esperada pelo setor, considerado a expressiva valorização no último ano. "Se nós temos dúvidas com o tamanho da safra, imagine como está lá fora?", afirma o especialista em relação ao tamanho da safra do Brasil. As chuvas das últimas semanas levaram alívio para o parque cafeeiro, porém não recuperam o potencial produtivo para este ano, apesar de ajudar muito a planta a se preparar para 2023. 

"Os preços do conilon tiveram repercussão negativa a partir de quarta-feira, quando o Citigroup projetou que a safra de café 2022/23 do Vietnã subiria +5,1% aa para 33 milhões de sacas. O Vietnã é o maior produtor mundial de café conilon", acrescentou o Barchart.

No Brasil, o dólar encerrou com queda de 0,32% e negociado por R$ 5,42 na venda. No mercado físico, o café acompanhou o exterior e encerrou com desvalorização nas principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 3,01% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.450,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 0,68%, negociado por R$ 1.470,00, Araguarí/MG teve queda de 2,68%, valendo R$ 1.490,00, Campos Gerais/MG teve baixa de 2,98%, valendo R$ 1.464,00 e Franca/SP teve queda de 2,61%, valendo R$ 1.490,00. 

O tipo cereja descascado teve baixa de 2,84% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.540,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 0,64%, valendo R$ 1.550,00, Varginha/MG teve baixa de 3,09%, cotado por R$ 1.570,00 e Campos Gerais/MG encerrou com baixa de 2,87%, negociado por R$ 1.524,00. 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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