Café volta a cair após números da Conab indicarem safra recorde para o conilon e queda na produção do arábica
Depois de abrir o pregão estendendo os ganhos, o mercado futuro do café arábica voltou a operar com queda para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). O café futuro volta a cair após a Conab confirmar redução na produção de arábica na safra 21, mas produção recorde do conilon no Brasil. No início da manhã os contratos avançavam mais de 100 pontos em Nova York e tinham suporte na preocupação com a oferta global do grão.
Por volta das 12h09 (horário de Brasília), março/22 tinha queda de 275 pontos, valendo 234,55 cents/lbp, maio/22 tinha baixa de 265 pontos, negociado por 234,90 cents/lbp, julho/22 tinha queda de 280 pontos, valendo 234,20 cents/lbp e setembro/22 tinha baixa de 265 pontos, negociado por 233,05 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, o café tipo mantém a estabilidade. Março/22 tinha queda de US$ 2 por tonelada, valendo US$ 2301, maio/22 tinha alta de US$ 2 por tonelada, cotado a US$ 2266, julho/22 tinha valorização de US$ 6 por tonelada, negociado por US$ 2263 e setembro/22 registrava queda de US$ 3 por tonelada, valendo US$ 2261.
De acordo com a Conab, os gricultores de café conilon irão colher a maior safra da série histórica neste ano, com uma produção próxima a 16,29 milhões de sacas de 60 quilos. O resultado representa um incremento de 13,8% em relação ao obtido em 2020, e supera em 1,14 milhão de sacas a produção registrada na safra de 2019 – o melhor desempenho até então registrado.
No sentido contrário, as lavouras de café arábica apresentaram um desempenho inferior ao registrado na safra passada. Segundo o boletim da Conab, a produção desta variedade chega a 31,42 milhões de sacas, redução de 35,5% quando comparada com o ano passado. Com isso, o volume total de café produzido no país está estimado em 47,72 milhões de sacas, uma diminuição de 24,4% em comparação ao resultado apresentado na safra anterior.