Café: Mesmo com fundamentos sólidos para valorização, arábica recua mais de 2% em NY

Publicado em 10/12/2021 12:33
Além do arábica, preocupação agora do mercado também é com a produção do conilon após forte chuva

O mercado futuro do café arábica segue operando com desvalorização para os principais contratos no pregão desta sexta-feira (10) na Bolsa de Nova York (ICE Future US). No início da tarde os contratos recuavam mais de 2%. Depois de subir 20% no mês passado na Bolsa e atingir novas máximas no início desta semana, as cotações operam do lado negativo da tabela. 

Por volta das 12h26 (horário de Brasília), março/22 tinha queda de 660 pontos, negociado por 233,60 cents/lbp, maio/22 tinha baixa de 625 pontos, valendo 233,40 cents/lbp, julho/22 tinha baixa de 575 pontos, valendo 233 cents/lbp e setembro/22 tinha desvalorização de 645 pontos, valendo 230,30 cents/lbp. 

Em Londres, o café tipo conilon também mantém o cenário de baixa. Março/22 tinha queda de US$ 26 por tonelada, valendo US$ 2280, maio/22 tinha baixa de US$ 22 por tonelada, negociado por US$ 2248, julho/22 registrava baixa de US$ 24 por tonelada, valendo US$ 2234 e setembro/22 tinha queda de US$ 16 por tonelada, valendo US$ 2237. 

Segundo Eduardo Carvalhaes, apesar das baixas, o cenário continua sendo de valorização para o café no médio prazo. As condições das lavouras brasileiras preocupam o analista, além dos impasses logísticos que o mercado monitora e que devem continuar impactando os embarques do Brasil. "Nessa semana todas as notícias que foram aparecendo são de preocupação com a safra do Brasil, não vi uma notícia ou razão que justifique essa baixa de hoje", comenta o especialista. 

Além das condições atuais do parque cafeeiro no Sudeste do Brasil, as fortes chuvas que atingiram a área de produção de conilon nos últimos dias aumentam ainda mais as preocupações com a oferta do Brasil. "Ninguém arrisca falar em números exatos para safra do que ano vem, mas em termos de fundamentos eles continuam os mesmos, não há nada de novo", acrescenta. 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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