Café tem mais uma semana marcada por preocupação na oferta global e avança mais de 4% no arábica
O mercado futuro do café arábica encerrou a semana com valorização com mais uma sessão de bastante valorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Março/22 teve alta de 675 pontos, valendo 243,35 cents/lbp, maio/22 teve alta de 660 pontos, negociado por 242,40 cents/lbp, julho/22 teve alta de 615 pontos, valendo 241,05 cents/lbp e setembro/22 teve alta de 580 pontos, valendo 239,55 cents/lbp. No acumulado semanal, o contrato refêrencia, março/22, avançou 4,44% no mercado futuro.
Na Bolsa de Londres, o café conilon também teve um dia de valorização. Março/22 teve alta de US$ 33 por tonelada, valendo US$ 2298, maio/22 teve alta de US$ 29 por tonelada, negociado por US$ 2271, julho/22 teve alta de US$ 26 por tonelada, valendo US$ 2266 e setembro/22 registrou valorização de US$ 23 por tonelada, valendo US$ 2262. No acumulado semanal, março/22, teve alta de 8,60% em Londres.
A preocupação com a oferta do Brasil aumentam a cada dia e o mercado segue precificando com base nesta preocupação. De acordo com Eduardo Carvalhaes, analista de mercado, os fundamentos continuam sólidos e sem mudança no cenário que é observado há semanas no mercado de café. Além da quebra na produção, os problemas logísticos continuam no radar do mercado.
Além disso, a Organização Internacional do Café (OIC) informou que as exportações globais de café de outubro caíram -4,4%- para 9,68 milhões de sacas, aumentando ainda mais a preocupação com a oferta global do grão.
Na segunda-feira, acompanhando as demais commodities, o café recuou forte no exterior com temores à nova variante da Covid-19. Segundo o analista, a tendência continua sendo de valorização, mas com novas informações aparecendo todos os dias em relação à pandemia, e por isso certa volatidade não está descartada para o café.
"A compra de fundos na sexta-feira apoiou os ganhos do conilon, já que as taxas de frete recordes e a falta de disponibilidade de contêineres restringiram as exportações de robusta do Vietnã, Brasil e Indonésia, os três maiores exportadores mundiais de café conilon", acrescenta a análise do site internacional Barchart.
No Brasil o mercado interno acompanhou e também encerrou a semana com valorização nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 3,02% em Guaxupé/MG, valendo R$ 1.500,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 0,68%, negociado por R$ 1.480, Araguarí/MG teve alta de 4,20%, valendo R$ 1.490,00, Varginha/MG registrou valorização de 0,68%, valendo R$ 1.490,00, Campos Gerais/MG teve alta de 2,95%, valendo R$ 1.503,00 e Franca/SP teve alta de 2,70%, valendo R$ 1.520,00.
O tipo cereja descascado teve alta de 2,89% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.603,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 0,64%, valendo R$ 1.570,00, Varginha/MG teve alta de 1,96%, valendo R$ 1.560,00 e Campos Gerais/MG registrou valorização de 2,83%, valendo R$ 1.563,00.