Café: Em semana marcada pela volatilidade, arábica finaliza sexta-feira com queda de 1,70% em NY
Após uma semana marcada pela volatilidade, o mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta sexta-feira (22) com queda de 1,70% na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Leia mais:
+ Crise dos fertilizantes: Cooxupé e Cocapec esperam sentir os impactos nos primeiros meses de 2022
Dezembro/21 teve queda de 345 pontos, negociado por 199,85 cents/lbp, março/22 teve queda de 355 pontos, cotado a 202,60 cents/lbp, maio/22 teve baixa de 360 pontos, valendo 203,40 cents/lbp e julho/22 teve queda de 360 pontos, valendo 203,90 cents/lbp.
A semana foi marcada por chuvas expressivas no parque cafeeiro no Brasil, e com o mercado observando e aguardando para entender os reais impactos para a safra de 2022. As chuvas aliviam, mas no entanto não recuperam o potencial produtivo já perdido com a seca prolongada e as três geadas. Segundo analistas ouvidos pelo Notícias Agrícolas, o cenário continua sendo de preços firmes para o café, apesar de ainda não ser possível quantificar o tamanho da queda para o ano que vem.
A análise do site internacional voltou a destacar em sua análise diária, que o comércio de café no Brasil estagnou recentemente, já que o aumento das taxas de frete e os altos preços do café levaram os torrefadores a adiar as compras. Além disso, os cafeicultores estão esperando preços mais altos em meio ao aumento dos custos de mão de obra e fertilizantes.
"Os fundos têm uma grande posição comprada em futuros de café arábica, o que aumenta o risco de pressão de liquidação de longo prazo. Os dados semanais do Commitment of Traders (COT) da última sexta-feira mostraram que os fundos na semana encerrada em 12 de outubro aumentaram suas posições líquidas de café arábica em +6.564, para uma alta de 5 anos de 52.206 posições", acrescenta a publicação.
Na Bolsa de Londres, as preocupações com a oferta do grão proveniente do Vietnã - maior produtor de café tipo conilon do mundo, seguem dando suporte aos preços. "O café conilon subiu na sexta-feira com a especulação de que os dados do comércio vietnamita da próxima semana mostrarão um declínio nas exportações de café do Vietnã em outubro", destacou a análise internacional.
Novembro/21 teve alta de US$ 18 por tonelada, valendo US$ 2134, janeiro/22 teve alta de US$ 6 por tonelada, cotado a US$ 2141, março/22 teve valorização de US$ 2 por tonelada, valendo US$ 2097 e maio/22 teve alta de US$ 2072, valendo US$ 2072.
No Brasil, o café conilou registrou recuou nessa semana e gerou impasses entre a produção e a indústria. Segundo especialistas, a indústria não consegue mais comprar nas bases de preços atuais (acima de R$ 700,00) e diminuiu o ritmo de compra, pressionando as cotações no mercado interno. Por outro lado, produtores sentem os impactos dos elevados custos de produção e esperam por preços mais atrativos para fechar negócio.
Leia mais:
No Brasil, o mercado físico acompanhou Nova York e também encerrou a semana com desvalorização nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 0,39% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.261,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 0,78%, valendo R$ 1.280,00, Araguarí/MG teve desvalorização de 1,59%, cotado a R$ 1.240,00, Varginha/MG teve baixa de 1,57%, valendo R$ 1.250,00, Campos Gerais/MG teve baixa de 0,40%, valendo R$ 1.259,00 e Franca/SP manteve a estabilidade por R$ 1.280,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 0,37% em Guaxupé/MG, valendo R$ 1.330,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 0,70%, valendo R$ 1.420,00, Varginha/MG teve baixa de 1,50%, valendo R$ 1.310,00 e Campos Gerais/MG teve queda de 0,38%, valendo R$ 1.319,00.