Problemas com a oferta da Colômbia e do Brasil voltam ao radar e arábica começa semana com altas
O mercado futuro do café arábica encerrou o primeiro pregão com valorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). O dia começou com as cotações em baixa, mas as preocupações com a oferta restrita de café e as condições do parque cafeeiro voltaram a dar suporte aos preços.
Dezembro/21 teve alta de 290 pontos, cotado a 204,25 cents/lbp, março/22 teve alta de 295 pontos, valendo 207,20 cents/lbp, maio/22 teve alta de 295 pontos, valendo 208,15 cents/lbp e julho/22 encerrou com alta de 300 pontos, cotado a 208,70 cents/lbp.
De acordo com a análise do site internacional Barchart, o café arábica obteve apoio na segunda-feira em um relatório da Reuters de que os cafeicultores da Colômbia deixaram de entregar 1 milhão de sacas de café após um aumento nos preços globais. "A inadimplência levará os exportadores de café colombiano a lutar para obter suprimentos de café no mercado à vista", afirma.
As preocupações com a oferta global de café aumentam a cada dia, mesmo com o retorno gradual das chuvas no Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo. No Brasil, analistas seguem indicando que a tendência é de preços em valorização para o café no longo prazo, principalmente pela oferta mais restrita e demanda aquecida em importantes polos consumidores, como por exemplo nos Estados Unidos. "As chuvas, por melhores que sejam, não recuperarão as perdas já consolidadas", comenta o analista de mercado Eduardo Carvalhaes.
Já o café tipo conilon iniciou a semana com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Londres. Novembro/21 teve queda de US$ 18 por tonelada, valendo US$ 2099, janeiro/22 teve baixa de US$ 12 por tonelada, valendo US$ 2104, março/22 registrou queda de US$ 13 por tonelada, valendo US$ 2068 e maio/22 teve recuo de US$ 14 por tonelada, valendo US$ 2047.
O café conilon foi pressionado pelas chuvas no Vietnã. De acordo com a agência meteorológica nacional do Vietnã, o Planalto Central, a maior região produtora de café robusta do Vietnã, receberá de 10% a 20% mais chuva do que a média histórica deste mês.
"Além disso, a agência meteorológica nacional do Vietnã disse que a estação chuvosa pode se estender até o final de novembro, em vez de terminar no início de novembro", complementa a análise internacional.
No Brasil, o mercado físico acompanhou o exterior e encerrou com valorização nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 1,07% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.230,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 1,21%, valendo R$ 1.250,00, Araguarí/MG teve alta de 1,67%, valendo R$ 1.220,00, Varginha/MG teve alta de 0,82%, valendo R$ 1.230,00, Campos Gerais/MG também registrou valorização de 0,82%, negociado por R$ 1.229,00 e Franca/SP teve valorização de 0,79%, valendo R$ 1.270,00.
O tipo cereja descascado teve alta de 0,78% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.300,00, Poços de Caldas/MG registrou valorização de 1,09%, cotado a R$ 1.390,00, Varginha/MG teve alta de 3,17%, valendo R$ 1.300,00 e Campos Gerais/MG encerrou com valorização de 0,78%, valendo R$ 1.289,00.