Café encerra 1º de outubro com mais de 1000 pontos de altas: Preocupação do setor é com a safra do BR
O mercado futuro do café arábica encerrou a semana com valorização acima de 1000 pontos, o equivalente a 5,18%, nas principais referências na Bolsa de Nova York (ICE Future US). As preocupações com a oferta do Brasil aumentam a cada dia sem chuva no parque cafeeiro e os preços voltam a explodir.
Dezembro/21 teve alta de 1005 pontos, valendo 204,05 cents/lbp, março/22 registrou valorização de 1010 pontos, cotado a 206,90 cents/lbp, maio/22 teve alta de 1005 pontos, valendo 207,95 cents/lbp e julho/22 teve alta de 1005 pontos, negociado por 208,35 cents/lbp. No acumulado semanal, o contrato referência - dezembro/21 avançou 5,37% no exterior.
Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também encerrou a semana com valorização. Novembro/21 teve alta de US$ 42 por tonelada, valendo US$ 2168, janeiro/22 teve alta de US$ 42 por tonelada, valendo US$ 2161, março/22 teve valorização de US$ 43 por tonelada, valendo US$ 2108 e maio/22 teve alta de US$ 44 por tonelada, valendo US$ 2085. No acumulado semanal, o contrato referência - novembro/21 registrou 2,22% de altas em Londres.
"Os preços do café na sexta-feira subiram fortemente, com o arábica em sua maior alta em 2 meses. A compra de fundos na sexta-feira empurrou os preços do café arábica para cima devido aos sinais de menor oferta no Brasil", destacou a análise do site internacional Barchart.
Os preços do café têm sustentado a preocupação com a oferta global de café mais restrita. A Archer Consulting disse que o Brasil pode ter apenas 21 milhões de sacas de café disponíveis para exportação em 2021/22, uma queda de -55% em relação ao ano anterior devido à redução na produção e nos estoques.
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Além disso, os problemas logísticos seguem no radar do mercado. De acordo com Eduardo Carvalhaes, com os impasses longe de serem resolvidos, operadores na Bolsa também ficam de olho em possíveis problemas na entrega do café.
A volatidade, no entanto, não está descartada por analistas. Com a retomada das chuvas, até o setor entender a real resposta da planta aos impactos climáticos (seca prolongada e geadas), o cenário é de preços firmes, mas com possíveis ajustes até, pelo menos, o final de outubro.
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No Brasil, o mercado interno acompanhou e também encerrou com valorização nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 3,54% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.198,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 2,59%, cotado a R$ 1.190,00, Araguarí/MG teve alta de 1,69%, valendo F$ 1.200,00, Varginha/MG registrou valorização de 3,36%, valendo R$ 1.230,00, Campos Gerais/MG teve alta de 3,45%, valendo R$ 1.198,00 e Franca/SP teve alta de 4,24%, valendo R$ 1.230,00.
O tipo cereja descascado teve alta de 3,43% em Guaxupé/MG,negociado por R$ 1.267,00, Poços de Caldas/MG teve aumento de 2,31%, valendo R$ 1.330,00, Varginha/MG teve alta de 2,44%, valendo R$ 1.260,00 e Campos Gerais/MG registrou valorização de 3,28%, valendo R$ 1.258,00.