Café: Arábica encerra semana pressionado com previsões de chuva no BR
O mercado futuro do café arábica encerra a primeira sexta-feira (3) do mês com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Dezembro/21 teve queda de 135 pontos, valendo 193 cents/lbp, março/22 encerrou com baixa de 135 pontos, cotado a 195,70 cents/lbp, maio/22 teve baixa de 130 pontos, valendo 196,70 cents/lbp e julho/22 teve baixa de 130 pontos, valendo 197,20 cents/lbp.
De acordo com a análise do site internacional Barchart, os preços foram pressionados pelas previsões do tempo para o Brasil. "O arábica estava sob pressão na sexta-feira com as previsões de chuvas consistentes no Brasil nas próximas duas semanas, o que deve aumentar os níveis de umidade do solo e melhorar as condições da safra de café do Brasil", destacou a publicação.
A disponibilidade de água no solo mineiro já se encontra em níveis críticos entre 0% e 30% quando o nível mínimo para o desenvolvimento da cultura é de 60%. Por isso, o setor cafeeiro mantém o foco nas previsões climáticas do Brasil. Com a seca prolongada e três episódios de geadas, o cenário de produção para safra 22 ainda é incerto, o que limita as baixas para o café arábica.
No acumulado semanal, o principal contrato (dezembro/21) recuou 3,45%. Além das questões climáticas, o mercado também teve uma semana marcada pelos números da Organização Internacional do Café (OIC), que apontou avanço de 1,3% nas exportações globais de café. No Brasil, analistas seguem afirmando que apesar das baixas, o cenário ainda é de preços firmes para o café no médio e longo prazo.
Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon teve um pregão de leves altas nesta sexta-feira (3). Novembro/21 teve alta de US$ 3 por tonelada, valendo US$ 2059, janeiro/22 teve alta de US$ 4 por tonelada, cotado a US$ 2025, março/22 teve alta de US$ 6 por tonelada, valendo US$ 1977 e julho/22 teve alta de US$ 7 por tonelada, cotado a US$ 1962.
"O café conilon registrou uma alta de 4 anos na quarta-feira e continua subindo devido às preocupações com o fornecimento do Vietnã, o maior produtor mundial de conilon", afirma a publicação do Barchart.
O primeiro-ministro do Vietnã recentemente reforçou as restrições à pandemia e enviou soldados às ruas da cidade de Ho Chi Minh e de outras províncias vizinhas para impor restrições à pandemia que exigem que as pessoas não saiam de casa. Além disso, desde o início da pandemia o Vietnã enfrenta problemas logísticos, o que vem impactando nos embarques de café desde então.
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No Brasil, o dia foi marcado por poucas variações nas principais praças comercializadora do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 1,36% em Guaxupé/MG, valendo R$ 1.087,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 0,48%, valendo R$ 1.045,00, Campos Gerais/MG teve queda de 0,91%, valendo R$ 1.092,00 e Franca/SP teve baixa de 0,88%, valendo R$ 1.120,00. Patrocínio/MG manteve a estabilidade por R$ 1.115,00, Araguarí/MG manteve por R$ 1.090,00 e Varginha/MG por R$ 1.110,00.
O tipo cereja descascada teve queda de 1,30% em Guaxupé/MG, valendo R$ 1.140,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 0,42%, valendo R$ 1.185,00 e Campos Gerais/MG teve queda de 0,86%, valendo R$ 1.152,00. Patrocínio/MG manteve a estabilidade por R$ 1.150,00 e Varginha/MG manteve por R$ 1.140,00.