Café: Em dia de recuo forte para o dólar, arábica sobe mais de 2% e conilon mais de 3%

Publicado em 24/08/2021 17:31

O mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta terça-feira (24) com valorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Sem previsão de chuva abundante para o Brasil e expressivo recuo do dólar, a principal referência encerrou o pregão com valorização de 2,14%. 

Dezembro/21 teve alta de 390 pontos, negociado por 185,75 cents/lbp, março/22 teve alta de 380 pontos, cotado a 188,40 cents/lbp, maio/22 registrou valorização de 365 pontos, cotado a 189,35 cents/lbp e julho/22 teve alta de 350 pontos, cotado a 189,95 cents/lbp. 

De acordo com o analista Haroldo Bonfá, da Pharos Consultoria, os preços voltam a subir diante da falta de chuvas no Brasil. "A chuva não será suficiente e por isso o mercado está reagindo. Além disso, a valorização do real também na subida de hoje", comenta ao Notícias Agrícolas. 

A análise do site internacional Barchart complementa que o O café arábica encontrou apoio na terça-feira nas previsões da Somar Meteorologia para temperaturas acima da média nesta semana nas regiões de cultivo de café do Brasil, o que pode prejudicar ainda mais os cafeeiros do Brasil.

Além das questões climáticas, a valorização do real ante ao dólar ajudou a impulsionar os preços no exterior. A moeda finalizou o dia com recuo de 2,23% e negociado por R$ 5,26 na venda. O dólar em queda tende a dar suporte de alta aos preços de café.

"O dólar fechou em firme queda nesta terça-feira, a mais intensa desde março e que levou a cotação ao menor valor em 11 dias, com o real liderando os ganhos nos mercados globais de câmbio em meio a uma combinação de alívio em temores fiscais domésticos, commodities em alta e realização de lucros após escalada recente da divisa norte-americana", destacou a análise da agência Reuters. 

Na Bolsa de Londres, o cenário para o café tipo conilon foi o mesmo e o contrato referência encerrou com 3,09% de alta. Mais uma vez, o mercado teve suporte na preocupação com o Vietnã - maior produtor do grão. 

Novembro/21 teve alta de US$ 59 por tonelada, valendo US$ 1971, janeiro/22 registrou valorização de US$ 29 por tonelada, cotado a US$ 1930, março/22 teve alta de US$ 10 por tonelada, cotado a US$ 1896 e maio/22 teve alta de US$ 1 por tonelada, valendo US4 1878.

"O café conilon na terça-feira estendeu a manifestação de segunda-feira sobre a preocupação com os suprimentos do Vietnã, o maior produtor mundial de robusta, depois que o primeiro-ministro do Vietnã apertou as restrições à pandemia e ordenou que as pessoas da cidade de Ho Chi Minh e de outras províncias vizinhas não saíssem de suas casas", voltou a destacar a análise do site internacional Barchart.

No Brasil, o mercado físico encerrou com variações mistas nas principais praças produtoras do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 0,94% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.072,00, Araguarí/MG teve alta de 1,89%, cotado a R$ 1.080,00, Varginha/MG teve alta de 0,46%, valendo R$ 1.087,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 0,96%, negociado por R$ 1.030,00. Patrocínio/MG manteve a estabilidade por R$ 1.090,00, Camopos Gerais/MG por R$ 1.067,00 e Franca/SP manteve por R$ 1.080,00. 

O tipo cereja descascado teve alta de 0,90% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.123,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 0,86%, valendo R$ 1.150,00 e Varginha/MG teve alta de 0,44%, valendo R$ 1.145,00, Varginha/MG teve alta de 0,44%, valendo R$ 1.145,00. Patrocínio/MG manteve a estabilidade por R$ 1.130,00 e Campos Gerais por R$ 1.127,00. 

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Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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