Colombianos vão às ruas para iniciar terceira semana de protestos contra o governo

Publicado em 12/05/2021 18:00

Por Oliver Griffin e Luis Jaime Acosta

BOGOTÁ/CALI (Reuters) - Membros de sindicatos, estudantes, pensionistas e trabalhadores foram às ruas da Colômbia para protestar contra o governo nesta quarta-feira, e as manifestações entraram em sua terceira semana em meio a conversas até agora infrutíferas.

As manifestações, que às vezes se tornaram violentas, foram atiçadas inicialmente no final de abril pela revolta contra um plano tributário já descartado --mas as exigências dos manifestantes se ampliaram e incluem o fim da violência policial, apoio econômico agora que a pandemia de Covid-19 afeta os rendimentos e a retirada de uma reforma de saúde.

O presidente colombiano, Iván Duque, ofereceu diálogo, mas muitos manifestantes expressam ceticismo de que as promessas do governo levarão a mudanças. Manifestações menores e bloqueios de ruas continuam a acontecer diariamente em todo o país.

Até 40 mortes de civis supostamente ligadas aos protestos estão sendo investigadas pelos ombudsmen de direitos humanos. Grupos de direitos humanos locais e internacionais alegam que o número pode ser maior e culpam a polícia.

A polícia nacional iniciou dezenas de investigações disciplinares, e três agentes já enfrentam acusações de homicídio.

O desemprego na Colômbia chegou a quase 17% em áreas urbanas em abril, e o país parece prestes a perder sua nota de crédito de investimento em meio às quedas no valor da dívida pública, no mercado de ações e na moeda, o peso.

(Reportagem adicional de Nelson Bocanegra e Julia Symmes Cobb em Bogotá)

Tags:

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Mesmo com safra brasileira no pico, mercado tem preocupação com oferta e clima, fazendo arábica avançar 2%
Nas históricas ruas do Centro, Campeonato Santista de Barista vai agitar o final de semana e promover o consumo de café especial
Safra do Brasil é mais rápida, NY volta a ignorar e avança mais de 700 pontos
Colheita de café 24/25 do Brasil atinge 58%, diz Safras
Robusta avança 2% com suporte nas preocupações com o Vietnã