Café abre a semana com desvalorização técnica em Londres e NY; Brasil mantém estabilidade

Publicado em 29/03/2021 16:55
Maio/21 finalizou valendo 127,05 cents/lbp

A semana começou com desvalorização para o mercado futuro de café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Future US). 

As principais referências encerraram o dia com desvalorização de 145 pontos. Maio/21 finalizou valendo 127,05 cents/lbp, julho/21 negociado por 129,05 cents/lbp, setembro/21 por 131 cents/lbp e dezembro/21 valendo 133,35 cents/lbp. 

Em Londres, o dia também foi de desvalorização. Maio/21 teve queda de US$ 23 por tonelada, valendo US$ 1376, julho/21 registrou queda de US$ 19 por tonelada, negociado por US$ 1397, setembro/21 teve queda de US$ 19 por tonelada, valendo US$ 1415 e novembro/21 teve baixa de US$ 19 por tonelada, valendo US$ 1431.

De acordo com análise do site internacional Barchart, a reabertura do Canal de Suez na segunda-feira reduziu as preocupações com a oferta e pesou sobre os preços do café. Os gargalos logísticos, no entanto, ainda preocupam o setor cafeeiro do Brasil. 

Segundo especialistas, a China vem demandando muita embarcação marítica, gerando certa competição que pode afetar os embarques do Brasil. Marcos Matos, diretor geral do Cecafé, confirma que de imediato, houve impactos no comércio mundial do café verde e solúvel do Vietnã para os principais mercados globais. "Contudo, fatos como esse afetam a todos e aprofundam um problema já observado aqui no Brasil, que é a falta de espaços nos navios e de contentores", disse ao Notícias Agrícolas

>>> Canal de Suez é liberado, mas desafios logísticos ainda preocupam setor cafeeiro do Brasil

"Além disso, a fraqueza do real brasileiro em relação ao dólar é negativa para o café arábica", complementa a análise. O dólar valorizado ante ao real tende a dar suporte de baixa para os preços nas bolsas. Operadores seguem acompanhando a pandemia da covid-19. A preocupação do mercado é que novas restrições limitem o consumo de café em importantes polos consumidores. Em contrapartida, com o avanço da vancinação nos Estados Unidos e no Reino Unido alimentam uma perspectiva de demanda mais aquecida no segundo semestre. 

No Brasil, o dia foi de estabilidade no mercado físico para as principais regiões produtoras do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 0,27% em Poços de Caldas/MG, valendo R$ 735,00. Guaxupé/MG manteve a negociação por R$ 757,00, Patrocínio/MG manteve o valor por R$ 750,00, Araguarí/MG manteve por R$ 750,00, Varginha/MG manteve a negociação poor R$ 755,00, Campos Gerais/MG por R$ 750,00 e Franca/SP manteve o valor por R$ 750,00.

O tipo cereja descascada teve queda de 0,26% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 775,00, Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 800,00, Patrocínio/MG manteve por R$ 790,00, Varginha/MG por R$ 800,00 e Campos Gerais/MG por R$ 810,00.

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Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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