Mercado do café segue cauteloso e encerra semana apenas com variações técnicas

Publicado em 29/01/2021 16:17 e atualizado em 30/01/2021 13:22
Cotações vêm oscilando sob pressão da força do dólar

O mercado futuro do café arábica encerrou a semana com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). 

Março/21 teve queda de 105 pontos, valendo 122,95 cents/lbp, maio/21 tinha baixa de 110 pontos, valendo 125 cents/lbp, julho/21 teve queda de 105 pontos, valendo 126,95 cents/lbp e setembro/21 registrou queda de 105 pontos, negociado por 128,80 cents/lbp. 

"De maneira geral, as cotações vêm oscilando sob pressão da força do dólar, em meio aos entraves políticos e fiscais no Brasil, e recebendo suporte da sensação de menor oferta mundial, com perdas significativas no Brasil, na América Central e no Vietnã", destacou o Conselho Nacional do Café (CNC). 

Já o site internacional Barchart destacou nesta sexta-feira que as chuvas no Brasil e a desvalorização do real, estão pesando sobre o preço do café arábica. "Há previsão de fortes chuvas na próxima semana para Minas Gerais, a maior região produtora de café arábica do Brasil, o que deve beneficiar a safra de café do Brasil e é negativo para os preços", afirma a publicação. 

As previsões no Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), no entanto, destacam que o vórtice ciclônico em atuação sobre Minas Gerais deve continuar nos próximos dias, diminuindo assim as chances de chuvas na região. Apesar da maior região produtora do país ter registrado boas chuvas entre o final de dezembro e começo de janeiro, a falta de chuva daqui pra frente pode comprometer a fase de granação do café. 

É importante ressaltar que o primeiro levantamento de safra divulgado pela Conab prevê uma quebra entre 32% e 39% para o arábica neste, consequência da bienalidade baixa, da falta de chuva e das temperaturas elevadas nas principais regiões produtoras do país no ano passado. 

Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon finalizou com leves altas para as principais referências. Março/21 teve alta de US$ 3 por tonelada, valendo US$ 1306, maio/21 teve alta de US$ 6 por tonelada, negociado por US$ 1319, julho/21 subiu US$ 4 por tonelada, negociado por US$ 1330 e setembro/21 finalizou com a alta de US$ 2 por tonelada, negociado por US$ 1344.

"O conilon está ligeiramente mais alto hoje e obteve apoio na redução do fornecimento do Vietnã depois que o Escritório Geral de Estatísticas do Vietnã informou na quinta-feira que as exportações de café do Vietnã em janeiro caíram -17,6%", destacou a análise internacional. 

No Brasil, o mercado físico encerrou com variações mistas nesta sexta-feira (29). "Os indicadores do Cepea para as variedades arábica e conilon se situaram em R$ 662,22 por saca – maior nível do levantamento iniciado em 1996 – e R$ 422,48 por saca, respectivamente com valorizações de 0,6% e 0,8% no comparativo com o final da semana antecedente", destacou o CNC. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 0,78% em Poços de Caldas/MG, valendo R$ 635,00. Araguarí/MG teve alta de 0,74%, negociado por R$ 685,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 682,00, Patrocínio/MG manteve o valor de R$ 680,00 e Varginha/MG manteve a negociação por R$ 700,00.

O tipo cereja descascado teve queda de 0,71% em Poços de Caldas/MG, valendo R$ 695,00, Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 725,00, Patrocínio/MG manteve a negociação por R$ 720,00, Varginha/MG por R$ 740,00 e Campos Gerais/MG manteve a estabilidade por R$ 742,00.
 

 

Análise semanal das cotações no mercado futuro 

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Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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