Café: Semana finaliza com quedas técnicas em NY, Londres e Brasil com mercado ainda acompanhando chuvas

Publicado em 18/12/2020 16:50 e atualizado em 20/12/2020 09:09

O mercado futuro do café arábica encerrou o pregão desta sexta-feira (18) com quedas técnicas para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). 

Março/21 teve queda de 135 pontos, valendo 125,25 cents/lbp, maio/21 registrou baixa de 140 pontos, negociado por 127,10 cents/lbp, julho/21 teve queda de 145 pontos, negociado por 128,60 cents/lbp e setembro/21 teve baixa de 145 pontos, valendo 129,90 cents/lbp. 

Segundo o site internacional Barchart, as perdas foram impulsionadas por previsão de novas chuvas nas áreas produtoras do Brasil. "A preocupação com as condições de seca no Brasil diminuiu depois que a Somar Meteorologia, na terça-feira, disse que durante a próxima semana, Minas Gerais, a maior região produtora de café arábica do Brasil, pode esperar até 100 mm de chuva", voltou a destacar a publicação. 

A semana foi marcada por uma alta mais expressiva no dia 15, quando o banco Rabobank divulgou uma estimativa de quebra de 15% para a safra de 2021, consequência da falta de chuva e altas temperaturas.

Apesar do retorno das chuvas nas principais áreas produtoras desde o começo de dezembro, a precipitação não recupera as perdas já dadas como certas. Especialistas destacam, no entanto, que para saber o real impacto na próxima safra, é preciso aguardar o primeiro trimestre de 2021. 

Também chamou atenção do mercado os números oficiais divulgados pela Conab nesta semana, confirmando uma safra recorde para o Brasil em 2020 com 63 milhões de sacas. 

"Arábica já estava na defensiva depois que a Conab elevou na quinta-feira sua estimativa de produção de café no Brasil 2020 em + 2,3%, para 63,1 milhões de sacas, de uma estimativa de setembro de 61,7 milhões de sacas", destacou o Barchart. 

Na Bolsa de Londres, o café conilon encerrou a semana com quedas técnicas para as principais referências. 

Janeiro/21 teve baixa de US$ 3 por tonelada, valendo US$ 1362, março/21 teve baixa de US$ 7 por tonelada, valendo US$ 1380, maio/21 registrou baixa de US$ 5 por tonelada, valendo US$ 1388 e julho/21 encerrou com desvalorização de US$ 6 por tonelada, valendo US$ 1401.

No Brasil, o mercado físico acompanhou o exterior e encerrou com queda nas principais praças produtoras do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 0,78% em Guaxupé/MG, valendo R$ 633,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 0,33%, negociado por R$ 605,00, Patrocínio/MG teve queda de 0,81%, valendo R$ 615,00 e Campos Gerais encerrou com queda de 0,79%, valendo R$ 629,00.

O cereja descascado teve queda de 0,72% em Guaxupé/MG, valendo R$ 685,00. Poços de Caldas/MG registrou queda de 0,30%, valendo R$ 665,00, Patrocínio/MG teve baixa de 0,75%, negociado por R$ 665,00 e Campos Gerais/MG encerrou com baixa de 0,72%, valendo R$ 689,00.

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Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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