Café: NY e Londres abrem andando de lado e de olho nas condições dos cafezais no BR e no Vietnã

Publicado em 03/11/2020 09:03
Enquanto café arábica sofre com falta de chuvas, conilon pode ter atraso de um mês na colheita do Vietnã

O mercado futuro do café arábica iniciou a terça-feira (3) com altas técnicas para os principais contratos, após uma sessão de baixas na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Segundo a última análise do site internacional Barchart, os preços do café arábica recuaram nesta sessão depois que chuvas beneficiaram as lavouras neste fim de semana no Brasil.

Por volta das 09h02 (horário de Brasília), dezembro/20 tinha alta de 60 pontos, valendo 103,40 cents/lbp, março/21 subia 70 pontos, negociado por 106,05 cents/lbp, maio/21 tinha alta de 60 pontos, negociado por 107,70 cents/lbp e julho/21 subia 40 pontos, valendo 109,20 cents/lbp.

Apesar dos operadores interncionais indicarem as chuvas como positivas para as lavouras, a Fundação Procafé afirmou na última sexta-feira (30), que as condições das lavouras brasileiras ainda são críticas. As chuvas dos últimos dias paralisam o processo de perda, mas parte da produção de 2021 já está comprometida nas principais regiões de café arábica no Brasil. 

>>> Procafé: Chuvas param processo de perda, mas safra 2021 de café já está comprometida nas principais regiões do BR

“As preocupações com a demanda também pesaram sobre o café, já que o ressurgimento da pandemia global de Covid pode levar os países a impor novamente restrições que restringem o crescimento econômico e o consumo de café”, reportou Rich Asplund para a Barchart.

Já o café tipo conilon abriu o dia com quedas técnicas na Bolsa de Londres. Janeiro/21 tinha baixa de US$ 4 por tonelada, valendo US$ 1338, março/21 registrava baixa de US$ 2 por tonelada, valendo US$ 1349, maio/21 tinha queda de US$ 2 por tonelada, valendo US$ 1361 e julho/21 registrava queda de US$ 2 por tonelada, negociado por US$ 1378.

O mercado de café conilon segue acompanhando as condições do clima no Vietnã, que foi atingido na semana passada pelo tufão Molave. Caso as chuvas continuem intensas no país asiático, a colheita no maior produtor de conilon pode atrasar em até um mês e impactar diretamente a qualidade do café vietnamita. Além disso, a Agência Nacional de Meteorologia do Vietnã disse na segunda-feira que as Terras Altas Centrais deverão receber de 10% a 20% mais chuva do que a média de longo prazo neste mês.

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Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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