Café: Mercado recua e finaliza com quedas após números da Conab e previsão de chuvas em Minas Gerais
O mercado futuro do café arábica encerrou as cotações desta terça-feira (22) com quedas acima dos 100 pontos para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). O pregão iniciou o dia com valorização, mas recuou após dados da Conab serem divulgados. A previsão de mais chuvas para Minas Gerais também deram suporte de baixa ao mercado.
Dezembro/20 teve baixa de 135 pontos, valendo 110,65 cents/lbp, março/21 teve queda de 140 pontos, negociado por 112,45 cents/lbp, maio/21 teve baixa de 140 pontos, valendo 113,95 cents/lbp e julho/21 encerrou com quedas de 135 pontos, negociado por 115,35 cents/lbp.
Em Londres, o café tipo conilon também finalizou o dia com poucas variações. Novembro/20 teve queda de US$ 6 por tonelada, valendo US$ 1341, janeiro/21 registrou queda de US$ 5 por tonelada, valendo US$ 1357, março/21 teve queda de US$ 4 por tonelada, valendo US$ 1371 e maio/21 registrou desvalorização de US$ 3 por tonelada, negociado por US$ 1385.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica que o Brasil deve colher 61,6 milhões de sacas beneficiadas, considerando-se os tipos arábica e conilon. O número representa aumento de 25% em relação ao ano passado. "Será a segunda maior safra brasileira de todos os tempos, atrás apenas da colheita de 2018, quando a produção total chegou a 61,7 milhões e a de arábica, a 47,5 milhões de sacas. A área total é estimada em 2,2 milhões de hectares", afirmou o relatório.
Ainda segundo a Conab, a produção de café conilon enfrentou condições climáticas desfavoráveis no Espírito Santo, durante a fase de floração da cultura, impactando o potencial produtivo dessas lavouras que levaram à queda de 5,1% na produção nacional, prevista em 14,3 milhões de sacas.
Além da safra, a volta das chuvas em Minas Gerais também deram suporte de baixa para os preços em Nova York. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta laranja para chuvas intensas no sul de Minas Gerais que é válido para as próximas 24 horas. "Chuva entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos (60-100 km/h). Risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas", afirma o comunicado.
Chove em algumas áreas de café desde segunda-feira (21), o que leva certo alívio para o produtor que aguardava ansiosamente pelas chuvas. Segundos dados coletados pela Procafé, a região cafeeira enfrenta a pior estiagem dos últimos anos e após uma produção de ciclo alta, as plantas já iniciam a próxima safra sentido os impactos do déficit hídrico.
No Brasil, o mercado físico finalizou com poucas variações nas principais praças produtoras do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 2,68% em Varginha/MG, com preços estabelecidos por R$ 545,00 e Franca/SP teve baixa de 1,85%, negociado por R$ 530,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 547,00, Poços de Caldas/MG manteve o valor de R$ 520,00, Patrocínio/MG manteve o valor de R$ 540,00 e Campos Gerais/MG manteve a estabilidade por R$ 543,00.
O tipo cereja descascado teve queda apenas em Varginha/MG, com desvalorização de 2,50% e cotado por R$ 585,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 590,00, Poços de Caldas/MG manteve o valor de R$ 570,00, Patrocínio/MG manteve o valor de R$ 590,00 e Campos Gerais/MG manteve o preço por R$ 603,00.