Café: Nova York encerra com baixas nos principais contratos; mercado interno tem movimentações mistas

Publicado em 16/03/2020 17:21 e atualizado em 16/03/2020 19:00
Dólar encerrou o dia com alta histórica e pode influenciar nas exportações, compensando os preços mais baixos no exterior

A Bolsa de Nova York (ICE Future US) encerrou o pregão desta segunda-feira (16) com baixas para os principais contratos no mercado futuro do café arábica. Os mercados seguem reagindo às notícias ligadas à pandemia do coronavírus, com os investidores buscando antecipar quais serão os reais impactos dessa crise para a economia global. 

Maio/20 registrou queda de 285 pontos, valendo 103,90 cents/lbp, julho/20 teve queda de 295 pontos, negociado por 105,50 cents/lbp, setembro/20 caiu 315 pontos, cotado a 107,05 cents/lbp e dezembro/20 registrou queda de 330 pontos, sendo negociado por 109,30 cents/lbp. 

"Os preços do café na segunda-feira caíram para mínimos de uma semana devido à fraqueza do real brasileiro e à preocupação de que a disseminação global do coronavírus reduza a demanda por café. Restaurantes, bares e cafeterias nos Estados Unidos e na Europa estão fechando para receber clientes", destacou o site internacional Barchart em sua análise diária. 

Os traders seguem acompanhando toda a situação global envolvendo o Coronavírus e além do café, as demais commodities agrícolas registraram baixas expressivas no pregão desta segunda-feira (16), como por exemplo a soja que fechou com queda de 3%. 

De acordo com a Reuters, o dólar começou a semana em disparada, fechando acima de 5 reais pela primeira vez na história e registrando a maior alta percentual diária em quase três anos. "Com o real entre os piores desempenhos globais seguindo um dia de fortes perdas nos mercados financeiros diante das dúvidas sobre a capacidade de bancos centrais e governos de lidar com a crise do coronavírus", destacou a agência de notícias internacional. 

Especialistas afirmam que em dias de quedas em Nova York, os produtores acabam compensando as perdas com as exportações com o dólar mais alto. O dólar valorizado tende a encorajar as exportações de café. O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo. 

No Brasil, o mercado físico brasileiro acompanhou Nova York e também encerrou com movimentações nas principais praças produtoras do país. 

O tipo 6 duro teve alta de 1,85% em Guaxupé/MG, estabelecendo os preços por R$ 550,00. Varginha/MG teve alta de 2,83%, valendo R$ 545,00. Já em Poços de Caldas/MG foi registrada baixa de 3,64%, cotado por R$ 530,00. Franca/SP teve desvalorização de 3,57%, cotado por R$ 540,00.

O tipo cereja descascado teve alta de 7,41% em Varginha/MG, valendo R$ 580,00. Em Guaxupé/MG a valorização foi de 0,85%, estabelecido por R$ 590,00. Poços de Caldas/MG teve baixa de 3,23%, valendo R$ 600,00.

O tipo 4/5 teve queda de 3,57%, valendo R$ 540,00. Franca/SP teve baixa de 3,51%, estabelecendo preços por R$ 550,00 e Varginha/MG registrou valorização de 2,80%, cotado por R$ 550,00. 

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Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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