Café: Dezembro/19 registra alta de 700 pontos na Bolsa de Nova York

Publicado em 20/11/2019 17:18

O mercado futuro do café encerrou a sessão desta quarta-feira (20) com altas expressivas na Bolsa de Nova York (ICE Future US). O contrato com vencimento em dezembro/19 teve a maior variação, com elevação de 700 pontos e encerrou as cotações por 109,70 cents/lbp. 

O março/20 registrou alta de 480 pontos, valendo 110,95 cents/lbp, maio/20 subiu 465 pontos, cotado a 113,15 cents/lbp, julho/20 teve aumento de 455 pontos, encerrando o dia por 115,10 cents/lbp. 

Para Haroldo Bonfá, analista de mercado da Pharos Consultoria, as altas, apesar de serem expressivas, podem ser avaliadas como correções técnicas na Bolsa de Nova York após as quedas de até 310 pontos na sessão de terça-feira (19), além do fato de ser feriado em algumas cidades do país, inclusive em São Paulo, e  por isso não teve a cotação do dólar para acompanhar o mercado. 

"Com o dólar parado, o pessoal ficou sem parâmetro entre comprar e vender, por conta disso subiu. Foi uma subida só técnica, porque graficamente a tendência aponta para novas quedas, tem 70% de chance de queda", explica o analista. 

Ainda segundo o analista, o nível acima de 110 é considerado importante e foi rompido nesta quarta-feira (20). "Até o nível entre 110 e 105, não tem nada de errado, está tudo certo com o mercado", diz Haroldo. 

O especialista reforça ainda que as previsões de chuvas significativas para as áreas produtoras do café também tendem a fazer com que os preços caiam nos próximos dias. "O fato de ter caído muito ontem (19/11) pode ser esse fator de chuva, está chovendo bastante. Chuva é um fator de aumento de produção e com isso, ele vai fazer aumentar a oferta. Aumenta a oferta, teoricamente o preço cai", reforça. 


O site internacional Barchart destacou a queda do real ante ao dolar para o aumento dos preços. "Os preços do café arábica estão subindo hoje, já que a força do real provocou uma cobertura curta nos futuros do café arábica. O real na terça-feira caiu para uma baixa de quatro anos em relação ao dólar, o que incentivou a venda de exportação pelos produtores de café do Brasil", afirmou em sua análise diária. 

Mercado Interno

Segundo Haroldo, sem as cotações do dólar o mercado brasileiro pode ficar mais retraído nas ações e tende a acompanhar as movimentações de Nova York. "Houve negócios, com essa alta de Nova York, ele acompanha. O produtor sempre que tem oportunidade, ele sobe para acomapanhar", explica. 

O tipo 6 duro registrou alta nas principais praças do país. A maior variação foi em Araguarí/MG, com alta de 6,38%, encerrando as cotações por R$ 500,00. Em Franca/SP, com elevação de 4,30%, por R$ 485,00. Em Poços de Caldas/MG a alta foi de 3,19%, valendo R$ 485,00. Varginha/MG registrou aumento de 1,05%, por R$ 480,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 476,00. 

O tipo cereja descascado em Poços de Caldas/MG teve alta de 2,73%, por R$ 565,00. Em Patrocínio/MG a alta foi de 0,97%, valendo R$ 520,00. Em Guaxupé/MG a estabilidade foi mantida por R$ 520,00. 

O tipo 4/5 também registrou altas nas principais praças. A maior variação foi registrada em Franca/SP, com elevação de 4,21%, valendo R$ 495,00. Poços de Caldas/MG subiu 3,13%, por R$ 495,00 e Varginha/MG teve alta de 1,04%, valendo R$ 485,00. 

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Fonte: Notícias Agrícolas

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