Café: Bolsa de Nova York retoma trabalhos nesta 3ª feira pós-feriado com queda e foco nas altas exportações

Publicado em 03/09/2019 17:34

As cotações futuras do café arábica encerraram a sessão desta terça-feira (03) com quedas de mais de 100 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado realizou ajustes ante as altas recentes, mas voltou a repercutir informações sobre as exportações.  

Os lotes com vencimento para dezembro/19 encerraram o dia com queda de 130 pontos, a 95,55 cents/lb e o março/20 anotou 99,00 cents/lb e 130 pontos de recuo. O maio/20 anotou 101,30 cents/lb e 125 pontos de baixa e o julho/20 perdeu 135 pontos, a 103,35 cents/lb. 

O mercado do arábica não funcionou na segunda-feira (02) por conta do feriado Labor Day, nos Estados Unidos. Diante disso, operadores se posicionaram na sessão ante o fechamento. Além disso, movimentos técnicos também foram vistos durante a sessão.  

O site internacional Barchart destaca que os operadores repercutiram no mercado os dados recentes de exportação global pela OIC (Organização Internacional do Café), que apontam em nove meses de 2018/19 embarques de mais de 10%, para 109,4 milhões de sacas de 60 kg.  

"As exportações do café brasileiro estão em ritmo recorde devido, em parte, à recente fraqueza do real, que caiu para mínimas de 11 meses e meio em relação ao dólar na última terça-feira. Um real mais fraco incentiva a venda para exportação", disse o Barchart. 

A exportação mundial de café em julho teve aumento de 9,5% em julho deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 11,34 milhões de sacas de 60 kg. 

Leia mais: 
» Café: Exportação mundial sobe 9,5% em julho e vai a 11,34 milhões de sacas 

A Cooxupé (Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé) informou nesta terça-feira que a colheita de seus cooperados havia atingido 97,80% até o dia 30 de agosto. Os trabalhos estão mais avançados que nos últimos anos.  

Leia mais: 
» Colheita da safra 2019 se aproxima do fim na área da Cooxupé com 97,80% da área 

Mercado interno  

O mercado brasileiro de café registrou mais negócios nos últimos dias com repiques de alta. "No mercado físico brasileiro a subida do dólar sem a queda do valor do café em Nova Iorque abriu espaço para os preços em reais melhorarem um pouco", destacou em informativo na sexta-feira o Escritório Carvalhaes. 

O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 474,00 – estável. A oscilação mais expressiva ocorreu em Varginha (MG) com alta de 5,81% e saca a R$ 455,00. 

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 430,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com saca a R$ 415,00 e avanço de 3,75%.  

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 426,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Varginha (MG) com alta de 3,80% e saca a R$ 410,00. 

Na segunda-feira (01), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 417,58 e alta de 0,10%. 

» Clique e veja as cotações completas do café 

Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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