Café: Julho/19 volta a se aproximar de US$ 1/lb em NY com colheita no BR e câmbio nesta 5ª
Os futuros do café arábica encerraram a sessão desta quarta-feira (12) com alta de cerca de 200 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado realizou ajustes técnicos ante as perdas recentes, mas acompanhou o câmbio e colheita no Brasil.
O vencimento julho/19 fechou o dia com alta de 205 pontos, a 99,05 cents/lb, o setembro/19 anotou 101,50 cents/lb com ganhos de 200 pontos. O dezembro/19 avançou 200 pontos, a 105,25 cents/lb e o março/20 registrou 108,80 cents/lb 190 pontos de alta.
O arábica na ICE oscilou durante o dia entre máxima de 99,20 cents/lb e mínima de 96,80 cents/lb, segundo dados do site de cotações Investing. O dia foi de ajustes técnicos depois das perdas dos últimos dias, mas outros fatores também deram suporte.
Operadores também seguem atentos com informações sobre a colheita do Brasil. O analista de mercado Jack Scoville, da Price Futures Group (ICE Futures Group), ressaltou que a safra brasileira 2019/20 segue em ritmo lento de colheita e a qualidade não têm sido boa.
Os trabalhos dos cooperados da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) chegou a 26,65% até o dia 7 de junho. A colheita está mais avançada ante os anos anteriores. A expectativa é que a produção na área de atuação chegue a 7,6 milhões de sacas.
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O câmbio também contribuiu para os ganhos ao longo da sessão desta quarta-feira na Bolsa de Nova York. Às 16h21, o dólar comercial subia 0,26%, a R$ 3,860, mas chegou a trabalhar em baixa em vários momentos da sessão e no fechamento na ICE também recuava.
"Um real mais forte desestimula as vendas para exportação pelos produtores de café do Brasil", destacou o site internacional Barchart sobre o impacto do dólar nos preços do café na ICE. O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo.
"Mais do que a aprovação em si, vimos um governo funcionando como governo: fazendo acordos, cedendo em alguns pontos e cumprindo o combinado, inclusive com a oposição. Os últimos relatos ressaltam que o Planalto tem agido de maneira mais pragmática em sua relação com o Legislativo", pontuou uma equipe de analistas da XP Investimentos, em nota para a Reuters.
Mercado interno
Depois de picos de alta nos últimos dias, os preços do café no mercado brasileiro voltaram a cair nos últimos dias. "A forte volatilidade dos preços dos cafés arábica e robusta neste início de junho tem afastado agentes consultados pelo Cepea do mercado e, consequentemente, reduzido a liquidez doméstica", disse o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Patrocínio (MG) com saca a R$ 440,00 e alta de 1,15%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 405,00 e avanço de 1,25%. Foi a maior alta diária do tipo.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 410,00 e avanço de 1,23%. A maior variação no dia ocorreu no Oeste da Bahia (AIBA) com baixa de 3,13% e saca a R$ 387,50.
Na terça-feira (11), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 405,25 e baixa de 0,77%.