Café: Cotações do arábica estendem ganhos nesta 4ª feira em NY e se consolidam acima de 90 cents/lb
As cotações futuras do café arábica encerraram a sessão desta quarta-feira (15) com leve alta na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado teve um dia de ampla oscilação, mas no fim dos trabalhos estendeu os ganhos da véspera em movimentos técnicos e com atenção ao Brasil.
Os lotes com vencimento para julho/19 tiveram alta de 35 pontos, cotado a 91,30 cents/lb e o setembro/19 subiu 25 pontos, a 93,55 cents/lb. O contrato dezembro/19 fechou o dia com avanço de 15 pontos, a 97,00 cents/lb e o março/20 teve 100,50 cents/lb e 10 pontos de avanço.
O mercado do arábica na ICE oscilou na sessão entre máxima de 91,75 cents/lb e mínima de 90,63 cents/lb, segundo o site de cotações Investing. Apesar das oscilações dos dois lados tabela, o futuros do café arábica sempre trabalharam no dia com leves ganhos e leves baixas.
Depois de mínimas de 13 anos na semana passada, as cotações do arábica reagiram pela segunda sessão consecutiva, se consolidando acima de 90 cents/lb. O dia foi de movimentações técnicas, mas operadores e agências informam que preocupações com a safra brasileira também tiveram influencia.
"Os preços do café foram mistos nesta quarta-feira [alta no arábica e queda no robusta], já que o arábica em julho subiu devido à preocupação de que fortes chuvas em Minas Gerais, maior estado produtor de café do Brasil, poderiam atrasar a colheita e a secagem do café brasileiro", destacou o Barchart.
A colheita do café da safra 2019/20 já começou na maioria das regiões produtoras de café do Brasil, maior produtor e exportador do grão no mundo. O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) prevê precipitações pelo menos até o final da semana sobre o estado de Minas Gerais, com chances de chuvas fortes.
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulga nesta quinta-feira (16) o 2º Levantamento da Safra 2019 de Café. A primeira divulgação apontava que a safra deste ano, que é de bienalidade negativa, poderia chegar a até 54,48 milhões de sacas de 60 kg.
Mercado interno
Os negócios com café no mercado brasileiro continuam ocorrendo, mas de forma mais lenta do que em outros anos. Segundo análises do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a expectativa para este mês de maio é que as transações tenham maior liquidez com a necessidade dos produtores de caixa para a colheita.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 423,00 e alta de 0,48%. Foi a maior oscilação dentre as praças.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) (estável) e Poços de Caldas (MG) (+0,52%), ambos com saca a R$ 390,00. A maior variação ocorreu na praça mineira.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Franca (SP) (estável), Guaxupé (MG) (estável) e Araguari (MG) (+1,32%), ambas com saca a R$ 385,00. A maior oscilação ocorreu na Média Rio Grande do Sul com alta de 1,33% e saca a R$ 380,00.
Na terça-feira (14), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 383,24 e alta de 0,68%.