CNC: Preço do café volta a ser pressionado pelo dólar na semana

Publicado em 14/09/2018 14:49
Moeda norte-americana atingiu maior patamar no Brasil desde a implantação do Plano Real

O mercado internacional do café voltou a ser influenciado pela força do dólar e pelo ritmo da safra brasileira, que pressionaram as cotações. Na Bolsa de NY, o vencimento dezembro caiu 180 pontos na semana, negociado a US$ 1,0065 por libra-peso. Já na ICE Futures Europe, o contrato com vencimento em novembro do café robusta fechou ontem a US$ 1.500 por tonelada, com ganhos limitados de US$ 9.

Como nas semanas recentes, o comportamento da moeda norte-americana vem influenciando os futuros do arábica e, com a incerteza do cenário político no Brasil, a divisa tende a se fortalecer frente ao real. Na quinta-feira, o dólar à vista atingiu seu maior nível desde a implantação do Plano Real ao tocar R$ 4,1998 no fechamento, com ganho acumulado de 2,23% na semana.

Em relação ao clima, a Somar Meteorologia aponta que deve ser chuvoso no cinturão cafeeiro do Brasil nesse fim de semana, com possibilidade de concentração de temporais e trovoadas, amanhã, no Sul de Minas Gerais e interior de São Paulo, e de granizo em algumas áreas. Para Rio de Janeiro, leste de Minas e sul do Espírito Santo, a previsão é de precipitações mais amenas. As temperaturas devem permanecer mais brandas em toda a região.

No Brasil, a colheita do café arábica deve terminar nos próximos dias, o que tem elevado a disponibilidade do grão. Porém, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os negócios envolvendo a variedade estão limitados no mercado nacional, com grande parte dos produtores focada nas entregas já programadas para este mês, à medida que os atuais preços ainda mantêm vendedores retraídos.

Conforme a instituição, outros fatores que influenciaram a baixa liquidez nos últimos dias foram os feriados do Dia do Trabalho nos EUA (03/09) e da Independência no Brasil (07/09). Para o robusta, os baixos preços ofertados e a semana mais curta também mantiveram agentes distantes do mercado e a liquidez baixa. Os indicadores calculados pelo Cepea para as duas variedades foram cotados a R$ 422,28/saca e a R$ 322,29/saca, com variações de -0,5% e 1%, respectivamente.

Fonte: CNC

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Sebrae Minas, Senai e Expocacer assinam parceria que beneficiará cafeicultores do Cerrado Mineiro
Confirmando volatilidade esperada, bolsas voltam a subir e arábica avança para 240 cents/lbp
Região do Cerrado Mineiro lança campanha inédita para proteger origem autêntica de seu café
Com safra andando bem no Brasil, café abre semana com estabilidade
Café tem semana de ajustes nos preços e pressão da safra brasileira derrubando preços
Café em Prosa #175 - Atenção produtor de café: Certifica Minas pode reduzir 0,5% de juros em linha do Plano Safra