CNC: Futuros do café têm recuperação técnica
As cotações internacionais do café reagiram nesta semana, que é mais curta em função do feriado do Dia do Trabalho, nos Estados Unidos, e do Dia da Independência, no Brasil. O avanço foi puxado por fatores técnicos relacionados à posição sobrevendida dos fundos.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento dezembro/18 do contrato “C” avançou 200 pontos, negociado a US$ 1,0380 por libra-peso. Já o contrato do café robusta com vencimento em novembro/18 permaneceu estável em relação à sexta-feira passada na ICE Futures Europe, valendo US$ 1.501 por tonelada.
O tempo mais firme nos últimos dias favoreceu os trabalhos de colheita do arábica no Brasil, que está em sua reta final, com a maioria dos produtores realizando a varrição. Em relação ao robusta e ao conilon, os trabalhos já foram finalizados e os produtores voltam seus olhos para as floradas. A tabela abaixo apresenta o estágio da colheita no cinturão produtor e as condições em que se encontram as lavouras.
De acordo com a Somar Meteorologia, a possibilidade de atuação do El Niño é forte nos próximos meses, o que pode tornar as chuvas mais irregulares na primavera em boa parte do país. Mais especificamente em setembro, a previsão é de precipitação abaixo da média na maioria da Região Sudeste, o que fará com que os produtores recorram à irrigação dos cafezais para garantir o pegamento das flores, em especial no Espírito Santo. Para os próximos dias, a expectativa é de tempo seco.
No mercado físico, os preços do arábica subiram, seguindo o cenário internacional e com a maior procura por parte de exportadores, mas as negociações seguem lentas, pois produtores priorizam as vendas realizadas anteriormente, com entrega futura. Para o robusta, os atores permanecem pouco ativos, mantendo a liquidez baixa. Os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotadas a R$ 426,68/saca e a R$ 317,29/saca na quarta-feira, com variações de 1% e -1,4% respectivamente.