CNC: Preços do café recuam pressionados pelo dólar

Publicado em 06/07/2018 12:27

Os contratos futuros do café caíram nesta semana nos mercados internacionais, pressionados pela força do dólar, pelo avanço dos trabalhos de colheita no Brasil e, em menor proporção, pelo conflito comercial entre Estados Unidos e China.

As cotações devem acompanhar o desempenho de outras commodities após a China ter informado que adotou tarifas sobre produtos norte-americanos importados como forma de retaliação a tarifas impostas pelo governo de Donald Trump contra US$ 34 milhões em bens chineses.

Na Bolsa de Nova York, o vencimento setembro/2018 do contrato C declinou 595 pontos, negociado a US$ 1,0915 por libra-peso na quinta-feira. Na ICE Futures Europe, o contrato do café robusta com vencimento em setembro/2018 fechou o pregão de ontem a US$ 1.639 por tonelada, com depreciação de US$ 51.

O dólar comercial, que pressionou as cotações ao se fortalecer na comparação com o real, fechou a quinta-feira a R$ 3,9344, apresentando alta de 1,5% na semana. Analistas explicam que compras da moeda por importadores e investidores internacionais, para saída do Brasil, foram as responsáveis pelo movimento.

Em relação ao clima, o ar seco toma conta de toda a Região Sudeste e impede a formação de nuvens carregadas, contribuindo para a elevação da temperatura. Segundo a Somar Meteorologia, uma área de instabilidade provoca até temporais no Sul do País, mas apenas entre o norte do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, não avançando para o cinturão cafeeiro do Paraná.

No Brasil, com o recuo dos preços internos, acompanhando o mercado internacional, os negócios permaneceram praticamente paralisados. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e robusta foram cotados a R$ 441,79/saca e a R$ 337,67/saca, com variações de -2,1% e 0,1%, respectivamente.

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Fonte: CNC

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