Café: Bolsa de Nova York avança cerca de 80 pts nesta 3ª feira e estende ganhos registrados na véspera

Publicado em 27/03/2018 17:41

Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta terça-feira (27) com alta de cerca 80 pontos. O mercado externo do grão estendeu os ganhos da véspera e ainda segue em ajustes técnicos ante a semana anterior e com suporte de informações sobre o tempo no Brasil. Ainda assim, o maio/18 segue distante de US$ 1,20 por libra-peso.

O vencimento maio/18 fechou o dia cotado 118,95 cents/lb com alta de 80 pontos, o julho/18 registrou 121,00 cents/lb com 80 pontos de avanço. Já o contrato julho/18 fechou o dia a 123,20 cents/lb com valorização de 75 pontos e o setembro/18, mais distante, encerrou a sessão a 126,60 cents/lb com 70 pontos de alta. Essa é a segunda sessão de alta consecutiva.

Depois de iniciar o dia em baixa, o mercado do arábica na ICE voltou a subir durante o período da tarde em mais uma sessão marcada pela influência de indicadores técnicos, mas algumas informações climáticas voltaram a chamar a atenção dos operadores no termina. O dólar comercial passou a ter pouca influência sobre o mercado.

"Embora o potencial de queda ainda exista, qualquer surpresa no mercado deve ser positiva, dadas as perspectivas de demanda firme e sinais de que os produtores estão lutando com custos", disse à agência de notícias Reuters, Rodrigo Costa, diretor da Comexim nos EUA.

A previsão de tempo aponta condições mais secas nos próximos dias em áreas produtoras do Brasil e essa informação também contribuiu para a alta na véspera. No entanto, de acordo com boletim recente da Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais), as condições para o outono, ao que tudo indica, são otimistas para a colheita no país, que começa nos próximos dias.

"Na região Sudeste, apenas para algumas partes do estado de Minas Gerais e para o nordeste de Goiás é esperado que as chuvas ocorram dentro ou pouco acima da média do mês", explicam em informativo Williams Ferreira e Marcelo Ribeiro, pesquisadores da Epamig, respectivamente, nas áreas de agrometeorologia e fitotecnia. Já as temperaturas durante o mês devem ficar abaixo da média no estado.

O dólar, que vinha influenciando bastante nos últimos dias o mercado, teve pouco impacto na sessão desta terça-feira. A divisa encerrou o dia com alta de 0,84%, cotada a R$ 3,3314 na venda, e renovou seu maior nível de fechamento do ano. A moeda estrangeira oscilou no dia acompanhando a cena externa e o fluxo de saída de recursos. O câmbio impacta diretamente nas exportações.

Mercado interno

O mercado físico segue com negócios isolados. De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP), as baixas nas cotações internas do café estão atreladas às recentes quedas nos preços externos da variedade, que, por sua vez, têm sido pressionados pelas perspectivas de elevada produção global, fatores técnicos e câmbio.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 481,00 e alta de 1,06%. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Lajinha (MG) com alta de 3,53% e saca a R$ 440,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca cotada a R$ 471,00 e alta de 1,07%. Foi a maior alta dentre as praças no dia.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 449,00 e alta de 1,13%. A maior oscilação no dia ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com desvalorização de 2,33% e saca a R$ 420,00.

Na segunda-feira (26), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 425,43 e queda de 0,36%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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