Café: Bolsa de Nova York cai cerca de 80 pts nesta tarde de 3ª feira com operadores de olho no Brasil

Publicado em 24/10/2017 12:19

Após alta pela manhã, os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) voltaram para o lado vermelho da tabela nesta tarde de terça-feira (24). O mercado passava por ajustes técnicos ante as recentes baixas, mas os operadores no terminal externo voltaram a repercutir as chuvas recentes no Brasil, maior produtor e exportador, e as floradas. Mas já há relatos de problemas em lavouras.

Por volta das 13h15 (horário de Brasília), o contrato dezembro/17 estava cotado a 123,55 cents/lb com queda de 80 pontos, o março/18 caía 80 pontos, a 127,30 cents/lb. O contrato maio/18 operava com recuo de 85 pontos e estava sendo negociado a 129,65 cents/lb e o julho/18 tinha desvalorização de 75 pontos, cotado a 132,10 cents/lb. Essa é a terceira baixa seguida no mercado.

"As chuvas no Paraná e as garoas no Sul de Minas Gerais e São Paulo melhorarão a umidade do solo, mas ainda serão necessárias mais chuvas no cinturão do café como um todo. A seca significativa permanecerá no Centro e Norte de Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia", disse o MDA Information Systems em uma nota. As informações são da Reuters internacional.

No entanto, conforme relatos de produtores ao Notícias Agrícolas, as floradas em algumas lavouras do cinturão produtivo brasileiro estão secando diante das altas temperaturas. Mesmo com algumas chuvas nas últimas semanas, as plantações não têm resistido e o otimismo da safra 2018/19 vai diminuindo.

De acordo com o engenheiro agrônomo da Fundação Procafé, Alysson Fagundes, as plantas do cinturão brasileiro que têm apresentado essa condição, não vão produzir nada no ano que vem.

No Brasil, por volta das 09h30, o tipo 6 duro era negociado a R$ 445,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 443,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam sendo cotados a R$ 443,00 a saca. Os negócios no mercado interno brasileiro seguem isolados.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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