Café: Mercado do arábica recua quase 200 pts nesta tarde de 4ª em NY acompanhando clima no Brasil

Publicado em 27/09/2017 12:43

Acompanhando as previsões de chuvas no cinturão produtivo do Brasil nos próximos dias, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) recuam quase 200 pontos nesta tarde de quarta-feira (27). O mercado até chegou a realizar ajustes técnicos na véspera, mas o lado fundamental segue impactando os preços diante do temor de problemas no abastecimento.

Por volta das 12h30 (horário de Brasília), o contrato dezembro/17 estava cotado a 130,30 cents/lb com queda de 195 pontos, o março/18 caía 195 pontos, a 133,90 cents/lb. O contrato maio/18 operava com baixa de 195 pontos e estava sendo negociado a 136,25 cents/lb e o julho/18 tinha desvalorização de 190 pontos, cotado a 138,50 cents/lb.

Com mais essa queda, os principais vencimentos do arábica já estão abaixo do patamar de US$ 1,40 por libra-peso. O Brasil é o maior produtor e exportador da commodity e problemas na safra diante do clima fizeram os preços subirem forte nas últimas semanas, mas agora diante das previsões mais recentes as cotações externas do grão passam por acomodação.

Mapas climáticos dos principais institutos meteorológicos brasileiros apontam que chuvas isoladas podem ocorrer durante toda essa semana nas áreas produtoras de café do país. No entanto, os acumulados mais expressivos começaram a ser vistos a partir de sexta-feira (29). Boa parte das lavouras brasileiras estão sofrendo com as condições climáticas adversas nos últimos meses.

Para o analista de mercado e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville, o clima e a condição das lavouras brasileiras são fatores muito importante para o mercado. "A florada precoce foi relatada no Brasil devido às chuvas, mas as plantações voltaram a secar. Alguns produtores estão preocupados que as chuvas possam induzir a floração prematura e essas flores caírem, o que prejudica o potencial de produção global", disse em relatório.

No Brasil, por volta das 09h15, o tipo 6 duro era negociado a R$ 450,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 450,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam sendo cotados a R$ 445,00 a saca. Ainda seguem sendo registrados poucos negócios nas praças de comercialização.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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