Café: Bolsa de Nova York cai mais de 100 pts nesta tarde de 5ª e fica abaixo de US$ 1,40/lb
O mercado do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) opera em baixa nesta tarde de quinta-feira (21) e já está abaixo do patamar de US$ 1,40 por libra-peso. As cotações passam por ajustes técnicos, mas na véspera avançaram a repercussão das dúvidas com a safra 2018/19 do Brasil, maior produtor e exportador da commodity no mundo, que está sendo afetada pelo clima.
Por volta das 12h46 (horário de Brasília), o contrato setembro/17 estava cotado a 133,50 cents/lb com queda de 500 pontos (fechamento da sessão anterior), o dezembro/17 caía 130 pontos, a 135,25 cents/lb. O contrato março/18 operava com recuo de 140 pontos e estava sendo negociado a 138,70 cents/lb e o maio/18 tinha baixa de 140 pontos, cotado a 141,00 cents/lb.
Além dos ajustes, o mercado também recua acompanhando a demanda especulativa ante a perspectiva climática mais favorável às culturas no Brasil no próximo mês, aponta a agência de notícias Reuters. "Se (previsão de chuvas no Brasil) se materializarem, o mercado continuará a cair", disse Carlos Mera, analista sênior de commodities do Rabobank. "Ainda precisamos de mais chuvas (nas áreas-chave de café). Mas é o início da estação chuvosa – mais chuvas virão".
Mapas da Climatempo apontam que entre 28 de setembro e 3 de outubro deve chover até 80 milímetros no Sul de Minas, 60 mm na Mogiana, 55 mm no Triângulo Mineiro e 35 mm no Cerrado. De acordo com Celso Oliveira, meteorologista da Somar Meteorologia, essas precipitações devem salvar parte da florada e dar suporte até a regularização da safra. É possível, também, que ocorra uma segunda florada.
No Brasil, por volta das 09h20, o tipo 6 duro era negociado a R$ 450,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 465,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam sendo cotados a R$ 448,00 a saca. Apesar dos preços altos, poucos negócios são registrados nas praças de comercialização.