Projeto inovador fomenta a atividade cafeeira em Minas Gerais
A relevância da atividade cafeeira em Minas Gerais dentro do contexto socioeconômico nacional é indiscutível. O estado produz mais de 50% da safra brasileira e, se fosse considerado um país, seria o maior produtor mundial do grão. É nesse contexto que nasceu o inovador Geoportal do Café, uma plataforma tecnológica que irá disponibilizar, aos segmentos interessados, todas as informações do mapeamento do parque cafeeiro, em todos os municípios mineiros produtores, trazendo informações completas para a melhoria da gestão de toda a cadeia produtiva.
Segundo o Assessor Especial de Café da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), Niwton Moraes, a criação da ferramenta é resultado da união dos esforços de várias frentes do Estado e representa um grande avanço para o segmento. “Até então, só existiam estimativas sobre a área plantada e essas informações eram obtidas com metodologias subjetivas. A partir do mapeamento, que mostrará a distribuição espacial da cafeicultura no estado, torna-se mais efetiva a proposição de políticas públicas para o setor, com informações objetivas e precisas sobre expansão, retração ou migração da cafeicultura pelo estado”, diz.
Ainda segundo Niwton, o produtor poderá localizar a sua propriedade nas glebas de café e aperfeiçoar o planejamento, enquanto o gestor municipal ou estadual terá acesso a dados que podem facilitar o direcionamento de ações específicas para cada região. Além disso, o projeto, que está em fase final de elaboração, agrega outras linhas de ação, como a ocorrência de cafés especiais, correlacionando-os com sua origem. “O mapeamento do parque cafeeiro de Minas Gerais é um projeto pioneiro e deve servir como modelo para outros estados. A ideia é que se torne uma fonte permanente de consulta com informações abertas de Governo”, conclui.
Além da Seapa, o Geoportal do Café conta com a participação da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG) e da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). São parceiras do projeto a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) e a Fundação João Pinheiro (FJP) e a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). Ao todo, foram investidos R$ 6 milhões, incluindo a aquisição de softwares, veículos, drones e tablets utilizados para todas as fases do trabalho. O andamento dos trabalhos e os resultados alcançados serão apresentados em detalhes na Semana Internacional do Café (SIC) 2017.