Café: Cotações do arábica operam no campo misto nesta tarde de 4ª em NY após quedas recentes
O mercado do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) passou a trabalhar no campo misto nesta tarde de quarta-feira (23) após queda de cerca de 100 pontos na véspera chegando a mínimas de julho. As cotações chegaram a esboçar reação em ajustes técnicos pela manhã, mas voltaram a registrar queda em alguns vencimentos. Os preços externos seguem trabalhando em cerca de US$ 1,30 por libra-peso.
Por volta das 12h15 (horário de Brasília), o contrato setembro/17 registrava 126,55 cents/lb com alta de 70 pontos, o dezembro/17 estava cotado a 128,85 cents/lb com recuo de 25 pontos. Já o vencimento março/18 caía 5 pontos, a 132,65 cents/lb, e o maio/18, mais distante, tinha desvalorização de 40 pontos e estava sendo negociado a 134,65 cents/lb.
Ontem (22) foi a sétima sessão consecutiva de baixa nos futuros do arábica na ICE.
O mercado repercutia nos últimos dias as chuvas no Brasil, que na perspectiva dos envolvidos pode favorecer a produção em 2018/19, a atuação dos fundos e câmbio, fator que acaba impactando diretamente nas exportações da commodity brasileira. Além disso, os operadores no terminal externo seguem bastante atentos às informações sobre a oferta no Brasil.
"À medida em que a colheita de café arábica é concluída, os agricultores com ampla oferta estão fazendo as vendas iniciais aos processadores e também tentando se proteger, causando uma pressão inicial na colheita", disse à Reuters ontem (23) o presidente da Hackett Financial Advisors, Shawn Hackett.
A colheita de café do Brasil segue sendo realizada, mas praticamente finalizada. Na área de abrangência da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) ela chegou a 92,17% até o dia 19 de agosto, ou 6,27 milhões de sacas de 60 kg levando em conta a previsão inicial da cooperativa. No ano passado, neste mesmo período, os cooperados da maior cooperativa do Brasil estavam com colheita em 87,24% do total esperado na safra de café.
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No Brasil, por volta das 09h20, o tipo 6 duro era negociado a R$ 450,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 435,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam sendo cotados a R$ 440,00 a saca. Os negócios no mercado interno acontecem lentamente mesmo com o avanço da colheita no país.