Café: Bolsa de Nova York cai 300 pts nesta tarde de 5ª feira com operadores atentos ao Brasil
O mercado do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) segue trabalhando em baixa nesta tarde de quinta-feira (17), com perdas de 300 pontos. Os operadores no terminal externo acompanham atentamente as informações sobre as chuvas no Brasil, o que poderia favorecer a produção na safra 2018/19 que já será de bienalidade positiva. Mas os preços também se acomodam tecnicamente ante as altas nas últimas semanas.
Por volta das 12h00 (horário de Brasília), o contrato setembro/17 estava cotado a 128,00 cents/lb com queda de 295 pontos, o dezembro/17, referência de mercado, caía 300 pontos, a 131,50 cents/lb. Já o contrato março/18 operava com baixa de 295 pontos e estava sendo negociado a 135,15 cents/lb e o maio/18 também recuava 295 pontos e estava cotado a 137,45 cents/lb. O mercado chegou as mínimas de julho na véspera.
Os operadores no terminal externo do arábica acompanham atentamente as informações sobre chuvas no cinturão produtivo do Brasil, a percepção é de que elas podem contribuir para a próxima safra. "A safra 2018/19, em particular, pode se beneficiar das chuvas, e, de qualquer forma, será um ano de alto rendimento no ciclo de bienalidade", disse o Commerzbank em nota de mercado. As informações são da agência de notícias Reuters.
Além disso, o mercado também se acomoda tecnicamente ante as altas nas últimas semanas e, em menor intensidade, também repercute a demanda física. O Brasil teve exportações extremamente baixas em julho. "As exportações brasileiras de julho totalizaram apenas 1,751,804 sacas, o menor nível desde fevereiro de 2004 e curiosamente os estoques no destino teimam em não cair – há um 'atraso' na resposta, natural", disse em relatório o analista de mercado Rodrigo Costa.
A OIC (Organização Internacional do Café) elevou sua projeção de produção global na safra 2016/17 para um recorde de 153,9 milhões de sacas de 60 kg, ante expectativa de 151,6 milhões. "Isso se deve principalmente a um aumento na produção da Indonésia, revisada de 10 milhões de sacas para 11,5 milhões, e uma revisão significativa para o Peru para 4,2 milhões de sacas", informou a Organização em relatório mensal.
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No Brasil, por volta das 09h10, o tipo 6 duro era negociado a R$ 480,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 450,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam sendo cotados a R$ 453,00 a saca. Os preços internos do café arábica tiveram alta nos últimos dias, mesmo em plena colheita, com negociações da nova safra acontecendo lentamente.