Café: Bolsa de Nova York opera no campo misto nesta tarde de 5ª feira em ajustes após alta na véspera
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam no campo misto nesta tarde de quinta-feira (3) depois de estenderem pela manhã os ganhos registrados na sessão anterior, quando o mercado renovou máximas de três meses e meio. No início dos trabalhos, os preços externos recuavam ao realizar ajustes técnicos considerados naturais, mas se mantiveram em cerca de US$ 1,40 por libra-peso.
Por volta das 12h12 (horário de Brasília), o contrato setembro/17 registrava 140,35 cents/lb – estável, o dezembro/17, referência de mercado, estava cotado a 143,75 cents/lb com recuo de 20 pontos. Já o vencimento março/18 subia 10 pontos, a 147,55 cents/lb, e o maio/18, mais distante, tinha desvalorização de 10 pontos e estava sendo negociado a 149,55 cents/lb.
"A cotação para vencimento setembro/17 voltou a fechar acima do nível de 140,00 cents/lb. Incerteza quanto a safra brasileira que está sendo colhida, valorização da moeda brasileira e compras de fundos deram suporte as cotações no dia de hoje", disse em relatório ontem (2) o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado. O contrato referência retomou seu rally na sessão de ontem e alcançou média móvel de 200 dias em US$ 1,4057, apesar de não conseguir manter esse patamar para o fechamento.
Os operadores no terminal externo também acompanham com atenção as informações sobre a qualidade da safra 2017/18 de café do Brasil, que está em plena colheita. A principal preocupação do mercado e do setor é com a broca, mas não é a única. "A safra deixou a desejar, com bastante café miúdo, rendimento ruim e uma quebra de 10% a 20%, além da incidência elevada de broca", afirmou ao Notícias Agrícolas na véspera o presidente do CCCMG (Centro do Comércio de Café do Estado de Minas Gerais), Archimedes Coli Neto.
No Brasil, por volta das 09h10, o tipo 6 duro era negociado a R$ 465,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 475,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam sendo cotados a R$ 468,00 a saca. O mercado interno segue com negócios isolados nas praças de comercialização do país.