Café: arábica encerra a 2ª em alta na Bolsa de Nova York

Publicado em 19/06/2017 17:19

O café arábica teve um dia de encerramento em alta na Bolsa de Nova York (ICE Futures Group). O contrato julho/17 já começa a se recuperar e chega mais próximo dos US$1,25/lb, que vinha sendo a barreira anterior do mercado.

Julho/17 encerrou com alta de 65 pontos, a 124,20 cents/lb. Para setembro/17, alta de 65 pontos também, a 126,60 cents/lb. Dezembro/17 teve alta de 70 pontos, a 130,05 cents/lb e março/18, alta de 70 pontos, a 133,50 cents/lb.

O analista de mercado Jack Scoville, da Price Futures Group, destaca, em seu boletim "Morning Grains", que a Bolsa de Nova York permanece fraca devido a informações de bons estoques e de uma demanda menos aquecida. As ideias foram reforçadas após os Estados Unidos apontarem para estoques recorde. Especuladores e comerciantes permanecem baixistas.

A Reuters destaca que a Citi Research apontou também que o aperto recente no mercado do café não deve se alongar por muito tempo, já que as torrefadoras irão necessitar de mais grãos premium.

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o Brasil deverá ter uma safra de café arábica de 40,5 milhões de sacas no Brasil para a safra 2017/18, considerando um bom desenvolvimento das lavouras e um clima adequado.

Em contrapartida, o USDA também estimou que o consumo global de café deverá estabelecer um recorde de 158 milhões de sacas em 2017/18.

De olho no quadro político, o dólar encerrou estável em relação ao real, a R$3,2849 a venda, depois de ter atingido o pico de R$3,3152 na máxima do dia.

Mercado interno

Como aponta o balanço semanal do Conselho Nacional do Café (CNC), o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informou que a colheita de arábica deverá se intensificar na segunda quinzena de junho. As regiões onde os trabalhos estão mais avançados são o Cerrado Mineiro e o Noroeste do Paraná, com 13% da produção colhida. No Sul de Minas, Zona da Mata Mineira e Mogiana, o percentual alcançado é de 10%.

O analista de mercado Gil Barabach, da Safras & Mercado, disse, em entrevista ao Canal Rural, que os preços pagos pela saca no Brasil são os menores desde junho de 2015. No sul de Minas Gerais, os valores estão R$28 abaixo da média histórica.

O café tipo cereja descascado teve variação positiva de +2,04% em Guaxupé (MG), a R$500,00. Para Patrocínio (MG), a variação foi negativa em -1,06%, a R$465,00.

Para o café tipo 4/5, houve variação positiva de +0,66% em Poços de Caldas (MG), a R$457,00 e de +1,09% em Varginha (MG), a R$465,00. Franca (SP) continuou estável, a R$465,00.

No café arábica, houve uma variação positiva expressiva em Varginha (MG), de +1,10%, a R$460,00. Guaxupé (MG) também teve variação positiva, de +0,67%, a R$453,00. Para Patrocínio (MG), a variação foi negativa, de -1,11%, a R$445,00.

Por: Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Preços do café estendem alta de 3 semanas e fecham sessão desta 6ª feira (22) com ganhos de mais 4% na bolsa de Londres
Café: Mesmo nas máximas em 13 anos, preços não afastam compradores e mercado ainda é bastante resiliente
Safra de café da Colômbia 24/25 projetada em 12,9 mi sacas, diz USDA
Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas decide os vencedores de 2024
Café no varejo: vendas aumentaram 1,1% de janeiro a setembro em comparação com o mesmo período de 2023
Preços do café seguem em volatilidade e apresentam altas no início da tarde desta 6ª feira (22)
undefined