Café: Em ajustes após feriado, cotações do arábica sobem cerca de 100 pts em NY nesta tarde de 3ª feira
Após o feriado Memorial Day, nos Estados Unidos, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) registram alta próxima de 100 pontos nesta terça-feira (30). O mercado avança em ajustes depois de quase perder o patamar de US$ 1,30 por libra-peso nos últimos dias repercutindo as informações de ampla oferta na safra 2017/18 e o câmbio. O clima no Brasil diante dos prejuízos com a colheita também segue no foco dos operadores.
Por volta das 12h20 (horário de Brasília), o contrato julho/17, referência de mercado, registrava 132,25 cents/lb com 105 pontos de alta, o setembro/17 estava cotado a 134,50 cents/lb com avanço de 95 pontos. Já o vencimento dezembro/17 também subia 95 pontos, a 138,00 cents/lb, e o março/18, mais distante, tinha valorização de 95 pontos e estava sendo negociado a 141,40 cents/lb.
As chuvas no Brasil nos últimos dias atrapalharam o andamento dos trabalhos de colheita no campo das principais regiões produtoras, conforme reportaram colaboradores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP). Também houveram relatos de queda do grão em regiões de São Paulo e Minas Gerais, assim como a preocupação com a qualidade devido à maior umidade. Há previsões de leves chuvas paras os próximos dias em algumas regiões.
De acordo com estimativa da consultoria Safras & Mercado, até o dia 23 de maio a colheita da safra 2017/18 do Brasil estava em 15%. Na semana anterior, a colheita estava em 11%. Levando em conta a estimativa da consultoria, de produção de 51,1 milhões de sacas de 60 kg neste ano no Brasil, já foram colhidas pelos produtores 7,44 milhões de sacas.
No Brasil, por volta das 09h25, o tipo 6 duro era negociado a R$ 460,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 468,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estava sendo cotado a R$ 458,00 a saca. Os negócios seguem isolados nas praças de comercialização do país.
"Os negócios com o arábica seguem lentos e ainda tem pouco café novo disponível no mercado. A busca dos compradores neste momento é por cafés desse tipo. Do outro lado, os produtores seguem descontentes com os atuais patamares de preço", explica o analista de café do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP). As incertezas econômicas e políticas no Brasil também assustam os produtores.