Café: Bolsa de Nova York recua quase 400 pts nesta manhã de 5ª de olho no câmbio com informações políticas
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) caem quase 400 pontos nesta manhã de quinta-feira (18) de olho no câmbio diante das recentes informações no cenário político do Brasil. Além disso, o mercado também segue o otimismo em relação à oferta global na safra 2017/18. Apesar da baixa, os preços externos do grão seguem próximos do patamar de US$ 1,30 por libra-peso.
Por volta das 09h23 (horário de Brasília), o contrato maio/17 registrava 132,20 cents/lb com alta de 295 pontos (fechamento da sessão anterior), o julho/17, referência de mercado, estava cotado a 130,45 cents/lb com desvalorização de 395 pontos. Já o vencimento setembro/17 caía 390 pontos, a 132,85 cents/lb, e o dezembro/17, mais distante, também recuava 390 pontos e estava sendo negociado a 136,30 cents/lb.
O dólar comercial ainda não abriu no Brasil, mas o dólar futuro disparava na abertura dos negócios atingindo o limite máximo permitido de R$ 3,3235 repercutindo as denúncias envolvendo o presidente Michel Temer. O câmbio impacta diretamente as exportações da commodity, pois tende a encorajar os embarques, mas derruba os preços externos do grão.
Além disso, os investidores no terminal externo seguem mais tranquilos com a safra do grão neste ano nas principais origens produtoras. A colheita no Brasil já começou. "O mercado tem apontado a boa produção e oferta abundante como razões para manter viva a pressão de venda. No entanto, o dólar fraco nos Estados Unidos e as moedas valorizadas na América do Sul podem manter a oferta mundial baixa no mercado", disse o vice-presidente da Price Futures Group e analista de mercado, Jack Scoville.
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) reportou nesta quinta que a safra de café do Brasil neste ano deve ficar em 45,5 milhões de sacas de 60 kg do produto beneficiado, com uma redução de 11,3% quando comparado às 51,4 milhões de sacas de 2016. O café arábica, 78% do total produzido no país, deve recuar 18,3%, estimando-se que sejam colhidas 35,4 milhões sacas, e o conilon que responde por 22% do total produzido, deve registrar crescimento de 26,9% frente ao ciclo anterior, com uma produção estimada de 10,1 milhões de sacas.
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No Brasil, também por volta das 09h21, o tipo 6 duro era negociado a R$ 460,00 a saca de 60 kg em Patrocínio (MG) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 440,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estava sendo cotado a R$ 437,00 a saca. Os negócios seguem isolados nas praças de comercialização do país.
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Veja como fechou o mercado na quarta-feira: