SP e ES desenvolverão juntos novas variedades de café resistentes à seca
O governador Geraldo Alckmin e o secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, participaram neste sábado (13) do lançamento do 10° Ano da Campanha da Melhoria da Qualidade e Início da Colheita do Café do Espírito Santo e do 9° Noroeste Café Conilon.
No evento, Alckmin firmou com o Estado do Espírito Santo um acordo de cooperação técnica e científica para a transferência de tecnologia para o desenvolvimento de variedades de café e de outras culturas resistentes à seca.
“Será um ganha-ganha entre a expertise que o Estado do Espirito Santo adquiriu com o Incaper e o Instituto Agropecuário de Campinas, criado por Pedro II, que tem 130 anos de pesquisa, com a maior base de germoplasmas de café”, comemorou Alckmin. “Vão discutir novas variedades cultivares, mais resistentes as mudanças climáticas. Um conjunto de pesquisas e experiências que trarão muitos benefícios”, destacou o governador.
O documento prevê a troca de experiência de sucesso de tecnologias desenvolvidas por São Paulo e Espírito Santo no desenvolvimento de variedades de café conilon e de café arábica, mais resistentes à seca. A iniciativa inclui cooperação também em outras áreas, como produção animal, fruticultura e olericultura.
Desta forma, os trabalhos desenvolvidos pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e pelo Instituto Agronômico (IAC) e pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), de São Paulo, serão compartilhados para auxiliar no desenvolvimento da agricultura e da agroindústria.
“O Espirito Santo tem também uma larga experiência em frutas, então são muitos os benefícios dessa cooperação entre esses dois importantes institutos de pesquisa”, comentou Alckmin.
Há cerca de 25 anos, houve um protocolo semelhante entre os dois estados. Na época, o Instituto Agronômico contribuiu para o desenvolvimento da cultura do café conilon no Espírito Santo – colaborando no início do programa ao fornecer os germoplasmas para formar a base do melhoramento. Nas regiões capixabas de altitude, como Caparaó e Sul – onde se planta o café tipo arábica -, as variedades são do IAC: Catuaí, Mundo Novo e Bourbon.
Assim como no Espírito Santo, algumas regiões de São Paulo têm sofrido nos últimos anos os efeitos da estiagem, o que contribuiu para a queda na produção agropecuária. No evento, foram discutidos o futuro da cafeicultura de Conilon diante das mudanças climáticas e as tecnologias para produção e avaliação da qualidade deste tipo de café. “Café é emprego, café é um produto que é a marca brasileira”, frisou o governador.