Café: Bolsa de Nova York dá sequência às perdas da véspera nesta tarde de 6ª feira
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com baixa próxima de 50 pontos nesta tarde de sexta-feira (5) e estendem as perdas registradas na véspera. O mercado realiza ajustes técnicos após subir bastante nos últimos dias. Além disso, os operadores no terminal externo seguem atentos ao clima no Brasil com a colheita começando no país.
Por volta das 12h50 (horário de Brasília), o contrato maio/17 registrava 132,70 cents/lb com 230 pontos de queda (fechamento da véspera), o julho/17, referência de mercado, estava cotado a 134,60 cents/lb com recuo de 35 pontos. Já o vencimento setembro/17 também caía 35 pontos, a 136,95 cents/lb, e o dezembro/17, mais distante, tinha desvalorização de 15 pontos e estava sendo negociado a 140,65 cents/lb.
Nos últimos dias, a valorização do arábica na ICE foi quase 800 pontos. De acordo com agências internacionais de notícias, negociadores disseram que os preços encontraram resistência na marca de US$ 1,37/lb nos últimos dias, provocando quedas recentemente, embora baixos volumes sinalizassem uma fraca convicção do movimento. Essa é a segunda sessão seguida de baixa.
A colheita do café arábica da safra 2017/18 já começou em algumas áreas produtoras do Brasil, ainda que não expressivamente, e o clima também está no foco do mercado. Os trabalhos devem ganhar mais ritmo nos próximos meses. Já há relatos de colheitas sendo realizadas no Sul de Minas Gerais, maior região produtora do grão no país, e Cerrado Mineiro. No cinturão produtivo de café conilon (robusta), a colheita também já foi iniciada.
Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP), a proximidade da colheita da temporada 2017/18 e as novas quedas externas na maior parte da semana passada afastaram produtores de arábica do mercado. No Brasil, por volta das 09h17, o tipo 6 duro era negociado a R$ 460,00 a saca de 60 kg em Patrocínio (MG) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 465,00 a saca e em Espírito Santo do Pinhal (SP) estava sendo cotado a R$ 440,00 a saca.