Vietnã e Honduras aumentam exportações de café nos cinco primeiros meses do ano cafeeiro 2016/2017
O Vietnã, segundo maior produtor de café e principal produtor de café robusta do mundo, exportou 10,18 milhões de sacas de 60 kg, e Honduras exportou 2,31 milhões de sacas, nos primeiros cinco primeiros meses do ano cafeeiro de 2016/17. Essas exportações representaramaumento de 11,5%, no caso do Vietnã, e expressivos 35,6% de Honduras, em relação ao mesmo período do ano cafeeiro anterior. Para a Organização Internacional do Café – OIC o ano cafeeiro corresponde ao período de outubro a setembro.
A OIC, que tem sede em Londres e da qual o Brasil é país-membro, destaca que houve uma redução do preço indicativo composto apurado pela Organização, no mês de março deste ano, o qual foi influenciado principalmente pelo aumento da oferta, a despeito da redução das safras de café conilon/robusta, tanto no Brasil como no Vietnã. Em contraponto, segundo as análises do Relatório sobre o mercado de Café – março 2017, ao mesmo tempo em que existe escassez de café conilon/robusta, em decorrência da citada redução da produção no Brasil e Vietnã, a disponibilidade do café arábica no mercado continua abundante.
Como exemplo, no caso da produção, a OIC menciona que a Colômbia apresentou aumento de 9,8% na exportação de café arábica nesse mesmo período comparado, tendo embarcado 6,83 milhões de sacas nos primeiros cinco meses do ano cafeeiro 2016/17 e 6,22 milhões de sacas no período anterior. O Relatório destaca ainda que outros países produtores, como Indonésia, Índia, Peru e Uganda, responsáveis por quase um quarto das exportações globais, também apresentaram aumentos significativos das exportações nos primeiros cinco meses do ano cafeeiro 2016/17, o que deprimiu os preços.
O Relatório sobre o mercado de Café – março 2017, da OIC, está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. Suas análises também destacam que na Bolsa de Nova Iorque os estoques certificados aumentaram 2,4%, passando de 1,49 milhão de sacas em fevereiro para 1,53% milhão em março, e, na bolsa de Londres, que eles aumentaram 1,9%, passando de 2,80 milhões de sacas em fevereiro para 2,85 milhões em março. Além disso, o Relatório salienta que os estoques dos consumidores também se mantiveram alta.
Leia na íntegra o Relatório sobre o mercado de Café – março 2017 e confira os preços indicativos diários dos grupos da OIC, volume e valor das exportações mundiais de café (2013 – 2016), diferenciais de preços, equilíbrio da oferta/demanda mundial, total das exportações dos países exportadores, entre outros.
O Observatório do Café também recomenda leitura do Relatório Internacional de Tendências do Café do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, que integra a Agência de Inovação do Café - InovaCafé, organização gerenciada pela UFLA que busca reunir conhecimentos das diferentes áreas relacionadas ao café e criar soluções e inovações para o setor. Tal Relatório faz parte do projeto Criação e Difusão de Inteligência Competitiva para Cafeicultura Brasileira do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. O relatório é dividido em três seções temáticas: produção, indústria e cafeterias. Cada seção temática é iniciada por um sumário e elaborada a partir de notícias nacionais e internacionais coletadas pela equipe do Bureau.
Especificamente esse número traz como destaques: produção de café em Honduras, Nicarágua, Jamaica, Colômbia, Ruanda, e uma breve citação a um artigo sobre Fairtrade (comércio justo) a respeito das lavouras da Etiópia e Uganda. Quanto à indústria, o Bureau faz menção à atuação de grandes empresas do setor com destaque para café solúvel e alternativa de venda direta para posicionamento de cafés premium no mercado, entre outros assuntos pertinente. E no item cafeterias o Relatório cita também a atuação de multinacionais que atuam no setor com destaque para Uganda e Japão.