Café: NY cai cerca de 100 pts nesta tarde de 5ª e vencimentos próximos ficam abaixo de US$ 1,30/lb
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) estendem as perdas registradas na véspera nesta tarde de quinta-feira (27) e os principais vencimentos perdem cerca de 100 pontos. Com isso, os lotes mais próximos já estão abaixo do patamar de US$ 1,30 por libra-peso. O mercado oscila tecnicamente, mas também sente pressão do câmbio.
Por volta das 13h03 (horário de Brasília), o contrato maio/17 registrava 127,65 cents/lb com queda de 50 pontos, o julho/17, referência de mercado, estava cotado a 129,10 cents/lb com recuo de 160 pontos. Já o vencimento setembro/17 caía 150 pontos, a 131,60 cents/lb, e o dezembro/17, mais distante, também tinha desvalorização de 150 pontos e estava sendo negociado a 135,20 cents/lb.
O mercado do arábica chegou a trabalhar em alta, sem sucesso, pela manhã. Mas segue oscilando tecnicamente e não de olho em questões fundamentais. "Ficamos surpresos (com a recente queda) dado que não há nenhuma mudança nos fundamentos, portanto permanecemos altistas. A seca continua nas principais áreas de café do Brasil", disse o Rabobank em relatório.
Às 13h06, o dólar comercial avançava 0,47%, vendido a R$ 3,188, acompanhando o movimento da moeda no exterior e o sucesso do governo na aprovação da reforma trabalhista na Câmara dos Deputados. A moeda estrangeira mais alta em relação ao real tende a dar maior competitividade às exportações da commodity.
Os preços internos do café arábica ficaram praticamente estáveis nesta quarta-feira e os negócios nas praças de comercialização do país, segundo analistas, seguem isolados. Também por volta das 09h35, o tipo 6 duro era negociado a R$ 460,00 a saca de 60 kg em Patrocínio (MG) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 442,00 a saca e em Espírito Santo do Pinhal (SP) estava sendo cotado a R$ 450,00 a saca.
No mês de abril, até o dia 25 de abril, a desvalorização acumulada do Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, foi de 4,8%. As baixas do arábica, por sua vez, estão atreladas à proximidade da colheita da temporada 2017/18, que deve começar em maio, às oscilações do dólar e à forte queda externa. As informações são do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).