CNC reitera posicionamento contrário à importação e sugere análise dos estoques do conilon ao ministro Marcos Pereira, do MDIC

Publicado em 08/03/2017 17:37

Na terça-feira, 7 de março, o presidente executivo do CNC, deputado Silas Brasileiro, foi convidado para uma audiência com o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira. O titular do MDIC solicitou informações a respeito do atual cenário do mercado cafeeiro para analisar alguns pleitos que lhe foram apresentados, entre os quais a possibilidade da importação de café.

Segundo o presidente do CNC, o ministro pediu informações a respeito do volume dos estoques de café arábica e robusta no Brasil e também questionou o posicionamento da entidade frente à possibilidade de se realizar a importação de café em regime de drawback. “Estivemos com o ministro Pereira, ontem, e informamos a ele que o estoque de café arábica no Brasil encontra-se em níveis baixos, porém em volume suficiente para atender às demandas do mercado interno e das exportações ao serem somados com a safra a ser colhida em 2017”, revela Brasileiro.

No que se refere ao café conilon, o presidente do CNC sugeriu que o Governo acolha a sugestão apresentada pelo setor de produção e faça o levantamento dos estoques da variedade, acompanhados pelos representantes do setor, e confirme a existência de café suficiente para atender à necessidade das indústrias nacionais. “Até que isso seja realizado, reiteramos o posicionamento contrário do CNC à importação, o qual já tornamos público desde dezembro do ano passado”, afirma.

Sobre a eventualidade de a Conab apurar estoques insuficientes de conilon, Silas Brasileiro explica que, considerando que a safra 2017 de conilon não deverá se aproximar de seus mais altos níveis devido ao impacto do clima nas lavouras do Espírito Santo, entende como interessante reunir a base da produção, traçar o posicionamento do setor e sentar junto aos demais elos da cadeia e ao Governo Federal para obter um consenso sobre a matéria.

“De maneira alguma aceitaremos prejuízos aos produtores, portanto a importação de café para o consumo no Brasil jamais será aceita e permitida por nós. A respeito do drawback, não podemos esquecer que a indústria é nossa aliada e não adversária e é vital o Brasil manter seu market share, a sua fatia de mercado no mundo”, conclui.

Fonte: CNC

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Café: Chuvas abaixo do esperado trazem suporte para alta do preço do arábica no fechamento desta 2ª feira (23)
Média diária de faturamento de café torrado tem alta de 86,2% nos quinze primeiros dias úteis de dezembro de 2024
Preços do café trabalham em lados opostos nas bolsas internacionais no início da tarde desta 2ª feira (23)
Café: preços iniciam 2ª feira (23) com baixas moderadas nas bolsas internacionais
Após muita volatilidade bolsa de Londres encerra sessão desta 6ª feira (20) com quedas nas cotações futuras
Café em Prosa #195 - Museu do Café passa por reposicionamento institucional e ganha nova identidade visual
undefined