Café: Bolsa de Nova York trabalha sem direcionamento definido nesta tarde de 6ª feira ainda seguindo fundamentos
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) estendem as perdas dos últimos dias nesta tarde de sexta-feira (9), mas não esboçam direcionamento definido, pois já chegaram a subir durante a manhã. Esse movimento corretivo também foi visto nos últimos dias. Sempre que as cotações se aproximam de perder o patamar de US$ 1,45 por libra-peso, leves ajustes são realizados.
Por volta das 12h20, horário de Brasília, o vencimento março/17 anotava 141,25 cents/lb com queda de 15 pontos, o maio/17 registrava 143,55 cents/lb com 20 pontos de recuo. Já o contrato julho/17 estava sendo negociado a 145,75 cents/lb também com desvalorização de 20 pontos e o setembro/17, mais distante, valia 147,75 cents/lb com 25 pontos negativos.
O mercado do arábica completa nesta sexta a quinta sessão consecutiva de baixa. Os operadores na Bolsa de Nova York repercutem com força a redução nos temores com o desabastecimento do grão no próximo ano diante da melhora climática no cinturão produtivo do Brasil, que é o maior produtor e exportador da commodity no mundo. O câmbio e a movimentação dos fundos também contribuem para as perdas.
Por volta das 11h, o dólar comercial subia 0,59%, cotado a R$ 3,4030 na venda. As oscilações na moeda estrangeira impactam diretamente nas exportações da commodity e tendem a influenciar diretamente os preços do grão interna e externamente.
Segundo o analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville, diante desses fatores o mercado do café não apresenta sinais de recuperação tão cedo. "A venda parece implacável, mas o problema é que não há realmente uma boa razão para comprar agora", disse Scoville ao site internacional Agrimoney.
Já o Rabobank, acredita que a queda nos preços do café pode ser reduzida à frente uma vez que há uma demanda "surpreendentemente elevada" no mercado, embora não seja o bastante para abastecer os valores novamente em alta.
No mercado físico brasileiro, acontecem poucos negócios. O produtor está reticente à venda diante das recentes quedas nos preços do grão e do cenário político e econômico complicado no país. Também por volta das 09h36, o tipo 6 duro estava sendo negociado a R$ 530,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, na cidade de Guaxupé (MG) o café estava cotado a R$ 506,00 a saca – estável. Já em Varginha (MG) estava sendo negociado a R$ 525,00 a saca – estável.