Café: Cotações do arábica voltam a cair mais de 100pts nesta tarde de 3ª feira na Bolsa de Nova York
Após trabalharem sem direcionamento definido pela manhã, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) voltaram a testar o território negativo nesta tarde de terça-feira (6) repercutindo o câmbio e a melhora climática no cinturão produtivo do Brasil, o que reduziu os temores com desabastecimento do grão na próxima temporada. Diante desses mesmos fatores, o mercado externo acumulou queda de 7% na semana passada.
Por volta das 12h00, horário de Brasília, os lotes de café arábica com vencimento para março/17 anotavam 143,35 cents/lb com queda de 115 pontos, o maio/17 registrava 145,65 cents/lb com 120 pontos de recuo. Já o contrato julho/17 estava sendo negociado a 147,80 cents/lb com desvalorização de 120 pontos e o setembro/17 valia 149,75 cents/lb com 125 pontos.
Com essa nova queda, os preços externos do café arábica já estão mais distantes do patamar de US$ 1,50 por libra-peso. Os operadores no terminal externo repercutem com força a melhora no clima das principais origens produtoras do Brasil. Institutos meteorológicos ressaltam chuvas acima da média para o período em diversas localidades. A semana começa com chuvas fortes no Sul do Espírito Santo e Zona da Mata de Minas Gerais. Outras áreas recebem precipitações isoladas.
Além do cenário fundamental, os contratos futuros do arábica também são pressionados pela atuação dos fundos e o comportamento do dólar. Nesta terça, às 11h26, a moeda norte-americana avançava 0,19%, cotada a R$ 3,4358 na venda. O dólar mais alto em relação ao real tende a dar maior competitividade às exportações da commodity brasileira, em compensação os preços tendem a cair.
Os fundos também têm atuado no mercado do café arábico diante das preocupações cada vez menores com a próxima safra do Brasil. Segundo informações reportadas pelo site internacional Agrimoney, eles já teriam cortado mais de 7,6 mil lotes de suas posições mais alongadas, registrando seu nível mais rápido desde o último maio. "A maior parte do movimento é técnico, mas o clima no Brasil está excelente, com boas chuvas, até mesmo nas áreas de robustas que foram, recentemente, castigadas pela seca", informou, em nota o Rabobank.
No mercado interno brasileiro, por volta das 09h43, o tipo 6 duro era negociado a R$ 540,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, na cidade de Guaxupé (MG) o café estava cotado a R$ 520,00 a saca e alta de 0,97%. Já na cidade de Poços de Caldas (MG) sendo negociada a R$ 532,00 a saca e queda de 0,56%.