Café: Mercado dá seguimento a movimento negativo e registra quedas de quase 200 pontos nesta 4ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com desvalorização na tarde desta quarta-feira (30). O mercado registra mais um dia de quedas, diante das incertezas econômicas globais, além da diminuição da preocupação com o abastecimento na próxima safra.
Às 13h30, em Brasília, o vencimento março/17 era cotado a 151,30 centslb, com recuo de 175 pontos na sessão. Já maio/17 operava a 153,55 cents/lb, com desvalorização de 180 pontos, assim como julho/17, que anotava 155,60 cents/lb. Já setembro/17 caia 190 pontos, com negócios a 157,40 cents/lb.
Segundo informações reportadas pelo vice-presidente da Price Futures Group e analista, Jack Scoville, além das incertezas econômicas, o mercado ainda repercutia dados de que diminuição do déficit de café. No início da semana, a corretora Marex Spectron apontou em relatório que prevê superávit global de 300 mil sacas de 60 quilos na temporada 2016/17. "Nós incluímos a liberação de estoques pelo governo brasileiro no balanço, o que deixa um superávit mínimo", disse a Marex à Reuters.
Além disto, no Brasil o dólar operava com volatilidade. Às 13h37, a moeda norte-americana era cotada a R$ 3,394 na venda, com recuo de 0,04%, após a abrir a sessão em alta. Segundo informações do G1, o mercado refletia o cenário de redução do PIB e também as turbulências políticas brasileiras.
No quadro climático, chuvas eram esperadas no cinturão produtivo de café do Brasil, contribuindo diretamente para o desenvolvimento da safra 2017/2018. Mapas meteorológicos apontam que as precipitações volumosas estão previstas principalmente na região da Zona da Mata e no Espírito Santo.
No mercado físico, por volta das 10h30, o tipo 6 duro era cotado a R$ 540,00 pela saca de 60 quilos, com recuo de 1,82% em relação ao último fechamento. Em Guaxupé (MG), a saca estava negociada a R$ 543,00, com alta de 1,50% e em Poços de Caldas (MG) a R$ 535,00 por saca, com valorização de 0,94%.
Na terça-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 552,63 com alta de 0,33%.