Café: Após alta de 500 pts na véspera, Bolsa de Nova York caí cerca de 150 pts nesta tarde de 3ª feira em ajustes
Em ajustes técnicos, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda próxima de 150 pontos nesta tarde de terça-feira (11) e perdem parte dos ganhos registrados na véspera, quando o mercado teve alta expressiva de cerca de 500 pontos. Apesar da queda, o mercado segue próximo do patamar de US$ 1,55 por libra-peso e ainda acompanha o câmbio e a safra 2017/18 do Brasil.
Pelo horário de Brasília, às 11h58, o vencimento dezembro/16 estava cotado a 151,25 cents/lb com queda de 160 pontos, o março/17 registrava 154,60 cents/lb com recuo de 165 pontos. Já o contrato maio/17 estava sendo negociado a 156,50 cents/lb com 185 pontos de baixa e o julho/17, mais distante, também caía 180 pontos, cotado a 158,40 cents/lb.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, apesar da baixa, as bolsas para o café ainda operam lateralizadas e sem indicar tendência especulativa. "Realizações de lucros poderão ser vistas", pondera o analista em referência ao fechamento da véspera. Na segunda-feira, os preços externos do arábica tiveram ganhos próximos de 500 pontos e ficaram próximos de US$ 1,60/lb.
Apesar da queda nesta terça-feira, os operadores no terminal externo seguem atentos às informações climáticas impactando a safra 2017/18 de café do Brasil, que é o maior produtor e exportador da commodity no mundo, e também o câmbio, que influencia diretamente nas exportações do grão. Às 12h, o dólar comercial subia 0,55%, vendido a R$ 3,2203, repercutindo o exterior. A moeda mais valorizada encoraja as exportações.
Em setembro, as exportações de café pelo Brasil totalizaram 2,5 milhões de sacas, de acordo com o relatório mensal produzido pelo Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). O resultado é reflexo do segundo mês consecutivo da greve alfandegária no Porto de Santos, que impacta diretamente no liberação dos certificados de exportações emitidos no período.
"Temos convicção de que é algo pontual. Assim que tudo for regularizado, os números serão atualizados, refletindo a normalidade registrada em agosto e mantendo o crescimento contínuo conquistado pela eficiência e a sustentabilidade de nossos processos produtivos, que resultam em um café cada vez mais qualificado e interessante para o consumidor no mundo todo", afirma o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.
» Exportações brasileiras de Café atingem 2,5 milhões de sacas em setembro
De acordo com mapas climáticos, após as recentes chuvas em algumas localidades brasileiras, o que poderia estimular floradas da safra 2014/18, frentes frias chuvosas não devem avançar pelas áreas produtoras de café e a temperatura também subirá nos próximos dias. No Norte do Paraná e Oeste de São Paulo, precipitações podem ocorrer.
Nas praças de comercialização do Brasil seguem isolados os negócios com café ainda mais com a proximidade do feriado nacional amanhã (12) de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Diante da atual situação mercadológica, os cafeicultores brasileiros também esperam preços mais altos e fazem apenas vendas isoladas. "O mercado interno do café deverá ter dia lento e negócios isolados. Preços firmes", explica Marcus Magalhães.