Café: Cotações futuras do arábica em Nova York dão continuidade às perdas na manhã desta 6ª feira

Publicado em 30/09/2016 09:53

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam em baixa na manhã desta sexta-feira (30). Os contratos dão continuidade as perdas registradas na sessão anterior, após encerrar o dia com queda de quase 200 pontos. As bolsas internacionais seguem refletindo informações do mercado financeiro e também as previsões de chuvas para regiões produtoras neste final de semana.

Pelo horário de Brasília, às 9h49 o vencimento dezembro/16 era cotado a 149,30 cents/lb e anotava perdas de 85 pontos , assim como março/17 com 152,65 cents/lb e maio/17 com negociação de 154,55 cents/lb. Já o contrato julho/17 caia mais de 90 pontos e valia 156,25 cents/lb.

Com isso, o mercado perde o suporte de US$ 1,50 por libra/peso. O analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, explica que as bolsas internacionais devem trabalhar de forma volátil e de olha nas informações sobre o maior banco alemão, o Deutsche Bank – o também deve refletir no câmbio.

Veja como fechou o mercado do café na quinta-feira (29):

Café: Em dia de volatilidade, Nova York registra quedas de até 200 pontos nesta 5ª feira

Nesta quinta-feira (29), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão com perdas próximas de 200 pontos, após dia de volatilidade. No decorrer do pregão, o mercado trabalhou nos dois lados da tabela e buscou romper patamar de US$ 1,55 por libra-peso pela manhã.

Com isso, o vencimento dezembro/16 encerra o dia desvalorização de 295 pontos e cotado a 150,15 cents/lb. O contrato março/17 fechou com negócios a 153,50 cents/lb após a baixa de 290 pontos, assim como maio/17, valendo 155,40 cents/lb. Já o lote julho/17 anotou baixas de 285 pontos, com referência de 157,15 cents/lb.

Para o analista da Origem Corretora, Anilton Machado, o mercado segue em busca de novidades no quadro fundamental, trabalhando de forma técnica e refletindo novidades do financeiro. No início da pregão, Nova York buscou consolidar o patamar de US$ 1,55 por libra-peso, mas acabou revertendo os ganhos para fundos especuladores.

Anilton também explica que o cenário de clima no cinturão produtivo do Brasil segue contribuindo para as cotações nas bolsas internacionais, o que acabou pesando nos futuros do arábica. Mapas climáticos apontam que uma nova frente fria deve trazer precipitações para regiões produtoras no próximo final de semana, aumentando as expectativas sobre a safra do próximo ano.

“Investidores entendem que o quadro de chuvas deve favorecer as floradas que já são esperadas para o início de outubro e contribuir para o desenvolvimento da safra 2017/18”, explica Machado. Com isso, as cotações em Nova York acabaram pressionadas no final do dia.

Para o câmbio, houve recuperação do dólar frente o real, fechando o dia a R$ 3,25 na venda e recuperação de 1,05%. Segundo informações da agência de notícias Reuters, a valorização esteve ligada a um movimento de aversão à risco, após serem divulgadas dados que demonstram preocupação com o banco alemão Deutsche Bank.

Mercado Interno

No cenário doméstico, ainda há pouca movimentação desde a baixa de preços em Nova York, o que acabou reduzindo negócios à espera de uma nova retomada. Anilton Machado aponta que as ofertas têm sido bastante pontuais, apesar da forte movimentação com o final da safra nas cooperativas.

A tendência para os próximos três meses é de que haja um maior volume de negócios, segundo explica o analista do Escritório Carvalhaes, Sergio Carvalhaes. “Exportadoras estavam trabalhando com contratos que foram fixados no início do ano e esperam que aumente a oferta de negócios nos próximos meses”, explica.

O tipo cereja descascado teve valorização de 0,95% em Franca (SP), após fechar o dia com cotação de R$ 530,00 pela saca de 60 quilos. Em Guaxupé (MG), o cenário foi de baixas, com recuo de 0,88% e negócios a R$ 570,00 pela saca.

Já o tipo 4/5 teve registro de recuo de 0,85% em Guaxupé (MG), com referência de R$ 585,00 por saca. Em Varginha (MG), os negócios seguem em R$ 525,00.

Para o tipo 6 duro houve desvalorização de 2,97% em Patrocínio (MG), em que saca passa a valer R$ 490,00. Já em Poços de Caldas (MG), o cenário foi de valorização em 1,20% e cotação de R$ 506,00 por saca.

Na quarta-feira (28), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 508,50 e valorização de 0,30%.

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Por: Sandy Quintans
Fonte: Notícias Agrícolas

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