Café: Cotações futuras do arábica em Nova York dão continuidade às perdas na manhã desta 6ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam em baixa na manhã desta sexta-feira (30). Os contratos dão continuidade as perdas registradas na sessão anterior, após encerrar o dia com queda de quase 200 pontos. As bolsas internacionais seguem refletindo informações do mercado financeiro e também as previsões de chuvas para regiões produtoras neste final de semana.
Pelo horário de Brasília, às 9h49 o vencimento dezembro/16 era cotado a 149,30 cents/lb e anotava perdas de 85 pontos , assim como março/17 com 152,65 cents/lb e maio/17 com negociação de 154,55 cents/lb. Já o contrato julho/17 caia mais de 90 pontos e valia 156,25 cents/lb.
Com isso, o mercado perde o suporte de US$ 1,50 por libra/peso. O analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, explica que as bolsas internacionais devem trabalhar de forma volátil e de olha nas informações sobre o maior banco alemão, o Deutsche Bank – o também deve refletir no câmbio.
Veja como fechou o mercado do café na quinta-feira (29):
Café: Em dia de volatilidade, Nova York registra quedas de até 200 pontos nesta 5ª feira
Nesta quinta-feira (29), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão com perdas próximas de 200 pontos, após dia de volatilidade. No decorrer do pregão, o mercado trabalhou nos dois lados da tabela e buscou romper patamar de US$ 1,55 por libra-peso pela manhã.
Com isso, o vencimento dezembro/16 encerra o dia desvalorização de 295 pontos e cotado a 150,15 cents/lb. O contrato março/17 fechou com negócios a 153,50 cents/lb após a baixa de 290 pontos, assim como maio/17, valendo 155,40 cents/lb. Já o lote julho/17 anotou baixas de 285 pontos, com referência de 157,15 cents/lb.
Para o analista da Origem Corretora, Anilton Machado, o mercado segue em busca de novidades no quadro fundamental, trabalhando de forma técnica e refletindo novidades do financeiro. No início da pregão, Nova York buscou consolidar o patamar de US$ 1,55 por libra-peso, mas acabou revertendo os ganhos para fundos especuladores.
Anilton também explica que o cenário de clima no cinturão produtivo do Brasil segue contribuindo para as cotações nas bolsas internacionais, o que acabou pesando nos futuros do arábica. Mapas climáticos apontam que uma nova frente fria deve trazer precipitações para regiões produtoras no próximo final de semana, aumentando as expectativas sobre a safra do próximo ano.
“Investidores entendem que o quadro de chuvas deve favorecer as floradas que já são esperadas para o início de outubro e contribuir para o desenvolvimento da safra 2017/18”, explica Machado. Com isso, as cotações em Nova York acabaram pressionadas no final do dia.
Para o câmbio, houve recuperação do dólar frente o real, fechando o dia a R$ 3,25 na venda e recuperação de 1,05%. Segundo informações da agência de notícias Reuters, a valorização esteve ligada a um movimento de aversão à risco, após serem divulgadas dados que demonstram preocupação com o banco alemão Deutsche Bank.
Mercado Interno
No cenário doméstico, ainda há pouca movimentação desde a baixa de preços em Nova York, o que acabou reduzindo negócios à espera de uma nova retomada. Anilton Machado aponta que as ofertas têm sido bastante pontuais, apesar da forte movimentação com o final da safra nas cooperativas.
A tendência para os próximos três meses é de que haja um maior volume de negócios, segundo explica o analista do Escritório Carvalhaes, Sergio Carvalhaes. “Exportadoras estavam trabalhando com contratos que foram fixados no início do ano e esperam que aumente a oferta de negócios nos próximos meses”, explica.
O tipo cereja descascado teve valorização de 0,95% em Franca (SP), após fechar o dia com cotação de R$ 530,00 pela saca de 60 quilos. Em Guaxupé (MG), o cenário foi de baixas, com recuo de 0,88% e negócios a R$ 570,00 pela saca.
Já o tipo 4/5 teve registro de recuo de 0,85% em Guaxupé (MG), com referência de R$ 585,00 por saca. Em Varginha (MG), os negócios seguem em R$ 525,00.
Para o tipo 6 duro houve desvalorização de 2,97% em Patrocínio (MG), em que saca passa a valer R$ 490,00. Já em Poços de Caldas (MG), o cenário foi de valorização em 1,20% e cotação de R$ 506,00 por saca.
Na quarta-feira (28), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 508,50 e valorização de 0,30%.